Introdução
Nos últimos tempos ela ressurgiu com muita
astúcia enganando ate os escolhido de Deus, caro amigo neste livro meu intuito
e lhes mostrar a verdade. Vou lhe falar sobre a salvação, de antemão já te digo
que é de graça, para que, seja alcançada só depende de te. Este não e um livro
que estas acostumado ler, ele ira mudar sua vida completamente, ante de começar esta leitura peço te que faça uma
oração, diga assim: DEUS QUERO SABER A VERDADE.
Se fez este pedido de coração, então pode
continuar a ler, ou se tu achas que já sabe a verdade e este livro de nada vale,
isso é porque além de não conheceres a verdade...Não esta preparada para
enfrentá-la. Se você chegou ate este ponto porque queres conhecer a verdade...Caro amigo!
convido te para juntos fazer esta viajem ao conhecimento e ao saber, a partir
de agora você terá acesso à data e documentos. Todos é livre para escolher sua religião,
seja ela seitas ou não, o importante do saber é que podemos escolher a certa. Vivemos debaixo de um grande mentira, mentira
tal que ilude e engana, não podemos acreditar em fábulas ou contos, só
acreditamos no que podemos provar.
O Senhor deixou sua gloria, no principio
Ele era o verbo e verbo se fez homem. As
santas escrituras é prova que ele deixou o caminho exato para segui-lo. Caro leito!
Aperte o cinto vamos decolar junto em busca da verdade... Nesta viajem vamos
ter varias parada no tempo, juntos vamos
em busca da verdade! vamos descobrir a verdade sobre as religiões como surgiu e
porque não temos acesso a verdadeira historia da religião , porque nos negam
este direito, temos direitos de saber a verdade. Porque temos que cultuar venerar
e adorar imagem? Sendo que Deus é completamente contra tais ações.
Os livros sinópticos do novo testamento,
Mateus, marcos Lucas, o evangelho de João que consta uma historia diferenciada dos sinópticos...
temos a constatação que em nem um só momento da biografia do Senhor Jesus
cristo ele declara que devemos adorar imagem de escultura ou qualquer outra
coisa em cima do céus o debaixo dos céus ou debaixo da terra, sempre afirmou,
adoraras somente a Deus sobre todas as coisas de toda tua força e entendimento.
O
Senhor Jesus não delegou a ninguém ser seu representante nem no céu nem na
Terra, Ele é Deus sobre todas coisas existentes.Caro amigo! A bíblia em seu
Cannon hebraico são 39 livros conhecido como septuaginto pois foi
traduzido do Hebraico pra outra língua
por setenta e dois eroditos, mais tarde foram colocado neste Cannon mais 27 que
é o novo testamento, esta nova tradução foi lhe dado o nome de vulgata, todos
os livros inspirado pelo o espírito
santo de Deus (I tm 3,16) suas escrita duraram cerca de 1600 anos, e cerca de
40 pessoas a escreveram, entres ele homem comuns, reis, profetas, agricultores,
médicos etc. Tudo que comentarmos neste livro tem base bíblica, pois conhecemos
o perigo de ensinar errado a palavra de Deus, ai daquele que tirar ou aumentar
um til ou uma virgula.
Foram anos de estudos e pesquisa para
chegar esta conclusão. Tenho imensa alegria em te revelar a verdade sobre a
o catolicismo... a única coisa que tens que fazer abri seu coração e sua
mente.convido te não só para uma leitura
mais para navegar em busca da verdade. Sei que estas com temores sua pulsação e
pressão esta subindo mais não pare... satã vai lutar com todas suas forca para
que não saiba a verdade, saiba que tu é mais um dos que conheceram ou vão
conhecer a verdade através deste livro.
Agora prepare seu coração se possível peça a
Deus para que abra seu entendimento e que possas aceitar a verdade que a bíblia tem para
nos ensina. Venha comigo vamos juntos... juntos venceremos
Boa leitura!!!
I PARTE
A SUPOSTA DIFERENÇA ENTRE ADORAR E VENERAR
Para sair debaixo da
sentença de condenação divina imposta pela santa lei de Deus, a Igreja Católica
serve-se de sutilezas teológicas a fim de ludibriar os fiéis. Dizem e vivem a
repetir os fâmulos católicos que os protestantes não levam em consideração a
diferença entre venerar e adorar, argumentam ainda que o culto de adoração é
prestado somente a Deus, mas que prestam um culto de veneração às imagens, às
relíquias aos santos e a Virgem Maria. Dizem: “O católico venera os santos, não as imagens, mas o que elas
representam, assim como sentimos amor por uma pessoa ao ver a sua foto.
Veja que neste exemplo não sentimos amor
pela foto, mas pela pessoa que nela está representada. Vejamos então se este argumento tem alguma
consistência, e se há realmente, como alardeiam os católicos, diferença entre
ADORAR e VENERAR.
Importante esclarecer que este mesmo
argumento tem sido o slogan dos pagãos através dos tempos. Quando são colocados
sobre pressão saem com este jargão de que não adoram ou veneram a imagem
propriamente dita mas a sua honra ou veneração alcança o que está por trás das
imagens. Esse era o argumento dos antigos povos e em particular, os gregos.
Agostinho ao comentar os Salmos declara que esse era o argumento do paganismo
para se safarem da acusação de adoradores de imagens. Essa é ainda a desculpa
dos budistas que se prostram diante das imagens de Buda, dos hindus que rogam a
Ganesa o deus hindu da boa sorte e aos seus milhões de deuses, dos Jainistas
quando adoram os gigantescos pés de 17 metros de Gomatesvara, dos taoistas e
outros. Observe essa declaração nos ensinamentos de Midai- Sama da Igreja
Messiânica (seita oriental) sobre sua imagem da luz divina.
Ele ensina que deve colocá-la nos lares,
nas igrejas porque através dela os fiéis estariam buscando mais a luz de Deus e
conseqüentemente sendo mais iluminados e estariam assim para sempre sobre sua
poderosa influência. Mas para não acusá-los de idolatria advertem:
“NÃO PRESTAMOS CULTO À IMAGEM DA LUZ
DIVINA, MAS A DEUS, ATRAVÉS DESSA IMAGEM. SUA LUZ ALI SE FOCALIZA E SE
INTENSIFICA CADA VEZ QUE ORAMOS PERANTE ELA” Compare agora com este
argumento católico:
“De fato, "a honra prestada a uma
imagem se dirige ao modelo original", e "quem venera uma imagem
venera a pessoa que nela está pintada". A honra prestada às santas imagens
é uma "veneração respeitosa",
não é uma adoração, que só compete a Deus. O culto não se dirige ás imagens em si como
realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem
ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não
termina nela, mas tende para realidade da qual é imagem.”
O caso é que ninguém em pleno século XXI,
iria admitir que adora uma imagem. É repugnante à moderna mente tecnológica de
nosso século. Acontece que entre a teoria e a prática, há no entanto, um grande
abismo! Será que os católicos teriam por inocentes todas essas religiões
citadas acima, tendo em vista o fato de que todas elas prostram-se, rogam, beijam,
constroem templos, fazem procissões às suas imagens? Será que a sutil colocação
de que não adoram as imagens seria o suficiente para isentá-los da quebra do
segundo mandamento?
Os teólogos romanistas se vêm embaraçados
para recriminar essas práticas idólatras, pois eles mesmos estão afundados até
o pescoço nelas. É por isso que as missões católicas têm pouco sucesso entre os
povos islâmicos e judeus, mas entre as nações cuja religião possuem
similaridades com o catolicismo principalmente quanto ao culto das imagens
conseguem, lograr algum êxito.
Não, o argumento de que não adoram imagens
não prevalece, pois se fosse assim teríamos que ser coniventes também com os
pagãos! O biblista católico Mackenzie, já citado, diz o seguinte: “No Egito e
em Babilônia a imagem era levada em procissão nos dias festivos. Em Babilônia
era levada como hóspede aos templos de outros deuses, cujas festividades eram
celebradas. Isso tudo, entretanto, não era idolatria no sentido rude do
termo...” prossegue ainda,
“Os pagãos adoravam o deus cuja imagem era
a contraparte terrestre, não adoravam a imagem em si. Visto, porém, que os
hebreus negavam qualquer realidade por trás da imagem, o culto teria recaído sobre
a própria imagem, pois nenhuma outra coisa teria podido recebê-lo.” Então frisa
algo que todo católico deveria meditar, “Portanto, os pagãos eram verdadeiros
adoradores de ídolos também se não sabiam de o ser.”
Bastaria uma consulta em nosso dicionário
vernacular para desmascararmos essa suposta diferença, pois venerar e adorar
são sinônimos sendo que venerar é palavra latina e adorar é palavra grega tendo
o mesmo significado. Sendo assim, o dicionário coloca acertadamente: Adorar =
venerar. Mas os católicos fazem vistas grossas a este fato e saem pela tangente
com o argumento de que “Adorar e venerar pelo dicionário da língua portuguesa ,
nos dias atuais, não têm qualquer diferença. Mas, não se esqueça que a nossa fé
tem mais tempo do que a história de Portugal e Brasil. Na literatura católica,
há distinção entre adorar ( latria) e venerar (dulia). Mas como eles mesmos
admitem e qualquer católico poderá conferir, “adorar” é o mesmo que “venerar” e
isto é uma pedra de tropeço para a teologia católica.
Lançaremos mão agora de mais provas que
pela força que tem são por natureza irrefutáveis. O depoimento de autoridades
católicas e apresentaremos evidências incontestáveis em suas próprias
literaturas para fundamentar nossa alegação.Começaremos pelas traduções das
Bíblias católicas. No episódio já citado de Ártemis ou Diana dos Efésios,
Demétrio diz que todo o mundo adorava essa deusa como de fato reza o texto:
“...aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram.”Atos 19:27 (versão das
Bíblias Joao de Almeida Ferreira)
Essa também é a tradução da Bíblia
católica editora “Ave Maria”, que traduziu o verbo como adorar.
Entretanto, outra Bíblia católica, a conceituadíssima “Bíblia de Jerusalém”
verteu esse mesmo verbo, dessa mesma passagem por “VENERAR”. Ora, perguntamos:
A deusa Ártemis foi adorada ou venerada? Os próprios eruditos católicos são
forçados a admitir a sinonímia dos dois termos. Pela Bíblia de Jerusalém os
católicos não podem acusar mais os efésios de idólatras, mas se por ventura
quiserem fazer isso, terão que usar a versão da Bíblia “Ave Maria”!
Onde neste texto está a “substancial”
diferença entre venerar e adorar como alegam os católicos? Veja que este
argumento é de uma pobreza franciscana!
Comentando sobre a passagem do capítulo 19
de Atos, o livro: “São Paulo e o Seu Tempo” edições Paulinas na página 77, trás
o seguinte comentário: “A deusa venerada em Éfeso era muito mais uma
deusa oriental da fecundidade do que a deusa caçadora dos gregos...”(grifo
nosso). Novamente aí o termo venerar é aplicado à Ártemis pelos estudiosos
católicos.
A respeito do falso deus Baal diz
Mackenzie que ele era “venerado de modos diversos ou sob títulos diversos nos
diversos lugares” quando ele menciona a adoração dos israelitas a Iahweh diz
que ele era “venerado com os ritos de Baal” Veja como ele usa o termo venerar
para ambos não fazendo nenhuma distinção. Mostramos aqui como testemunha um Cântico composto por
Tomás de Aquino cognominado de “doutor da Igreja”, intitulado de “TANTUM ERGO”,
sua letra é dirigida à hóstia e diz: “Tantum ergo sacramentum veneremur
cercui...”, cuja tradução pelo clero na língua vernácula é: “A este tão grande
sacramento adoremos humildemente...
É Tão gritante as evidências, que no
missal romano está escrito com letras garrafais: “ADORAÇÃO DA CRUZ”. Nessa
cerimônia de adoração canta-se um hino em homenagem a este amuleto; “Eis o
lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo! Vinde, ADOREMOS! Adoramos,
senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio alegria para o
mundo inteiro por esta cruz que hoje veneramos Novamente é usado de modo
intercambiável os dois termos, adorar e venerar!
Frei Basílio Rower, em seu “Dicionário
Litúrgico” na pág. 15 sobre o verbete: “Adoração da Cruz”, comenta:
“...Efetua-se a veneração da
cruz...” e em seguida troca novamente os verbos: “A cerimônia da adoração
da Cruz, na sexta feira santa, é antiqüíssima; desde o século XI...” (grifo
nosso) Novamente fica patente como esses dois verbos se tornam sinônimos! Mas
para não deixar transparecer o verdadeiro significado (idolatria) por trás
dessas explicações demagógicas, tenta ele concertar a situação com esta
explicação esdrúxula no verbete “Adoração”:
“A adoração, em ambos os sentidos
expostos, pode ser absoluta e relativa.” Prossegue ainda: “As partículas
do Santo Lenho, os instrumentos da Paixão de Cristo e a Cruz, na Sexta feira
Santa, são adorados com adoração em sentido estrito, mas relativa.” Devemos
ressaltar que não existe um caso se quer na Bíblia em que servos de Deus
praticaram adoração relativa. Isso não pode ser outra coisa se não um esforço
desesperado para achar subterfúgios para a sôfrega doutrina do culto às
imagens. Suponhamos que realmente existe essa tal “adoração relativa”, o caso
que não é, mas suponhamos por um momento que fosse real, ela teria que estar
forçosamente estampada nas páginas da Bíblia. Mas o que nós vemos é totalmente
o contrário.
Quero trazer à memória o incidente de
Pedro e Cornélio. Pois bem, ali estaria uma grande oportunidade de Pedro, que
dizem ter sido o primeiro “papa”, portanto infalível de acordo com os dogmas
católicos, a legitimar essa prática, pois Cornélio não era pagão o bastante
para não saber distinguir entre adoração ao Deus de Israel e uma veneração ao
servo deste. Se fosse esse o caso, o de existir tal grau de adoração relativa,
quando Cornélio prostrou aos pés de Pedro para o adorar, este não teria tido a
reação que teve conforme narra Lucas 10:25,26: “Quando Pedro ia entrar,
veio-lhe Cornélio ao encontro e, prostrando-se a seus pés, o adorou. Mas Pedro
o ergueu, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.”. Pedro poderia ter
aceitado isso como uma “adoração relativa”, uma “dulia” que através dele
chegaria a Deus! Este ainda foi o caso de João perante o anjo de Deus em
Apocalipse 22:8. Ambos não aceitaram tal suposta adoração pelo simples fato
dela não existir. A Bíblia só apresenta um tipo de adoração e nada mais que
isto, não adianta forjar termos inescrupulosos para servir de apoio para
tamanhas heresias, se pela Bíblia já estão de antemão fadados ao
fracasso!
No entanto, no final do comentário o pobre
Frei acaba se entregando e diz que: “A ADORAÇÃO DOS SANTOS E DE SUAS RELÍQUIAS
E IMAGENS CHAMA-SE GERALMENTE VENERAÇÃO. Como dizia John Wycliff e
Savanarola, este último cuja voz de protesto foi sufocada pelas fogueiras
inquisitoriais: “Eles adoram, com efeito, no sentido próprio da palavra, as
imagens, pelas quais sentem uma afeição especial” (A Imagem Proibida pág. 280)
Eles
nunca vão conseguir comprovar que uma, e a mesma coisa, são duas! O decálogo e a comprovação real que Deus e completamente contra IMAGEM DE ESCUTURAS... bíblia
diz que a idolatria e uma invenção satanista , a igreja romana torce a bíblia e sua historia. Todos seres inteligente sabe
que o catolicismo é romano e o cristianismo e judeu... Roma se aliar com outros paises para destruir
os judeu na esperança de acabar com o cristianismo (70 dc) agora tem a ousadia
de dizer que a igreja que Cristo fundou
e o CATOLICISMO... e mais, todos os discípulos que Roma mandou matar, e depois
fez de seus réus santos. Não há sombra
de duvida que a babilônia que Cristo mostrou para João na ilha de Patmo e o catolicismo.
(Êxodo 20:4) - Não farás para ti imagem de escultura, nem
alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas
águas debaixo da terra.
(Levítico 26:1) -
NÃO fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem
estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela;
porque eu sou o SENHOR vosso Deus.
(Deuteronômio 5:8) -
Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há
em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra;
(Deuteronômio 27:15) -
Maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição,
abominação ao SENHOR, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido.
E todo o povo, respondendo, dirá: Amém.
(Juízes 17:3) -
Assim restituiu as mil e cem moedas de prata à sua mãe; porém sua mãe
disse: Inteiramente tenho dedicado este dinheiro da minha mão ao SENHOR, para
meu filho fazer uma imagem de escultura e uma de fundição; de sorte que agora
to tornarei a dar.
(Juízes 17:4) -
Porém ele restituiu aquele dinheiro à sua mãe; e sua mãe tomou duzentas
moedas de prata, e as deu ao ourives, o qual fez delas uma imagem de escultura
e uma de fundição, que ficaram em casa de Mica.
(Juízes 18:14) -
Então responderam os cinco homens, que foram espiar a terra de Laís, e
disseram a seus irmãos: Sabeis vós também que naquelas casas há um éfode, e
terafins, e uma imagem de escultura e uma de fundição? Vede, pois, agora o que
haveis de fazer.
(Juízes 18:17) -
Porém subindo os cinco homens, que foram espiar a terra, entraram ali, e
tomaram a imagem de escultura, o éfode, e os terafins, e a imagem de fundição,
ficando o sacerdote em pé à entrada da porta, com os seiscentos homens que
estavam munidos com as armas de guerra.
(Juízes 18:18) -
Entrando eles, pois, em casa de Mica, e tomando a imagem de escultura, e
o éfode, e os terafins, e a imagem de fundição, disse-lhes o sacerdote: Que
estais fazendo?
(Juízes 18:20) -
Então alegrou-se o coração do sacerdote, e tomou o éfode, e os terafins,
e a imagem de escultura; e entrou no meio do povo.
(Juízes 18:30) -
E os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escultura; e
Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés, ele e seus filhos foram
sacerdotes da tribo dos danitas, até ao dia do cativeiro da terra.
(Juízes 18:31) -
Assim, pois, estabeleceram para si a imagem de escultura, que fizera
Mica, por todos os dias em que a casa de Deus esteve em Siló.
(II Reis 21:7) -
Também pôs uma imagem de escultura, do bosque que tinha feito, na casa
de que o SENHOR dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em
Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para
sempre;
(II Crônicas 33:7) -
Também pôs uma imagem de escultura do ídolo que tinha feito, na casa de
Deus, da qual Deus tinha falado a Davi e a Salomão seu filho: Nesta casa e em
Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para
sempre.
(Isaías 44:10) -
Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum
préstimo?
(Isaías 44:15) -
Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os
acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também
fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela.
(Isaías 44:17) -
Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante
dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus.
(Isaías 48:5) -
Por isso te anunciei desde então, e te fiz ouvir antes que acontecesse,
para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, e a minha imagem de
escultura, e a minha imagem de fundição as mandou?
II PARTE
ADORADORES DE INLUSÕES E
SUAS FÁBULAS
Todo
louvor e adoração pertence só a Deus nem um outro ser podem ser venerado,
adorado , louvado e cultuado. Qualquer adoração feita a alguém que não seja o
verdadeiro Deus, tais praticantes são profanadores do nome de Deus... não
existe diferencia entre adorar e venerar, quem venera adora , Cristo nunca em circunstância alguma nos
ensinou a venerar ou adorar imagens. Não há quem prove na bíblia ao contrário.
Roma que sempre quis estar no poder de alguma
forma criou algo que pode iludir o mundo. Caro leitor chamo sua atenção para
pensarmos juntos... se Cristo realmente tivesse criado o catolicismo
romano teria autorizado a sua morte e todos discípulos e apóstolos pelos romanos?
Estamos
sendo vitimas de uma conspiração religiosa...O faz crer que realmente teve uma aparição para normal e nosso próprio desejo de ter uma
relação verdadeira com Deus. Satanás aproveita
de uma situação de carência humana para arma e alarmar círculos de ilusões ele
tem quem o apóia esta, é conhecida na bíblia como A GRANDE BABILONIA tal e casa de demônios mentira e ilusões.
Roma
tem projetado sua mentiras e ilusões no
mundo todo... com esse engodo criando santos e santas. Basta obter provas de milagres mentirosos, que o
vaticano decreta santos e santas. Quem e este homem que podem criar santos? Este
senhor é Deus por acaso? Aqui somos todos iguais de maneira que todos somos irmãos
não há preto nem brancos para Deus somos todos iguais.
O
único santo que pisou nesta terra chama-se
JESUS CRISTO DE NAZARE. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor... podemos constatar
que o mundo em que vivemos vai de mal a pior , a solução para isso é bem
simples e deixar o SENHOR JESUS CRISTO
ser o Senhor da nação isso e só ele mesmo...único Deus para todo mundo
sem exceção.
A
igreja romana para predominar sua táticas religiosas mentirosas criou O
PADROERO este e um santo católico para que os moradores de cada cidade possam
adorar e venerar e louvar... descaracterizando, assim Cristo o Senhor das nações. Por trás de
cada imagem criada pela a igreja romana, há uma intimidade maligna. Cada pais tem a sua, cada cidade também. No
Brasil temos a dita Aparecida que saiu do nada.
Foi
recebida como Deusa enganado os brasileiros com seus milagres mentirosos e
falsos. Através de nossa fé conseguimos o impossível...para receber algo não
precisamos esta diante de um monte de barro,pedra, madeira,ferro ouro, prata etc...Porque
devo adora um projeto da imaginação humana?
2.1
- Origem
Para
que entendamos melhor a origem da Igreja Católica Romana, convém fazermos
algumas observações bastante úteis e esclarecedoras acerca desta igreja.
Do
ano 33 ao ano 54 da era cristã, os seguidores de Jesus eram
chamados de "os seguidores do caminho’ (At 11,26).
Do
ano 54 ao ano 170 dc os seguidores de Jesus passaram a ser
chamados de "Cristãos". É a época em que a igreja não tinha divisão e
possuía somente uma doutrina, a dos Apóstolos. No ano 170 da nossa era, Santo
Inácio de Antioquia, passou a referir-se a Igreja Cristã também como Igreja
Católica, ou seja, universal, geral. Ao usar esse termo, dava-se entender que a
igreja não ficaria restrita ao Império Romano, mas abrangia todas as regiões do
planeta.
Do
ano 170 ao 313 da nossa era, a Igreja Católica não se
envolvera com nenhum dos problemas comportamentais da sociedade da época,
caracterizada pela corrupção em todas as suas áreas, principalmente a política.
Em
313,Constantino passou á dominar todo o Império Romano,
devido a queda do Império do Ocidente este Imperador demonstrou ser muito
"simpático" ao cristianismo, porque além de colocar a Igreja Cristã
numa posição privilegiada, passou afazer ofertas valiosas ao cristianismo,
construindo Igrejas, isentando-as dos impostos e até sustentando clérigos.
Podemos
dizer .que esse contexto histórico marca o início do Catolicismo Romano, pois o
cristianismo passa a ser a religião oficial do Império, trazendo como
conseqüência desastrosa, a entrada no seio da Igreja de muitas pessoas não
convertidas e pagãs.
§ Não
aconselha o uso da Bíblia a todos os fiéis.
§ Ensina
que sua leitura é perigosa aos indoutos.
§ Ninguém
pode interpretar a Bíblia de maneira contrária a interpretação Católica, ou sem
a permissão dos padres.
§ Aceita
como canônicos (inspirados), livros que não constam no Cânon Hebreu.
§ Venera e aceita como tendo autoridade igual a da
Bíblia:
2.2
- As tradições,
2.2.1 - A Igreja
romana
§ Diz
que é a única e verdadeira igreja e que fora dela não há salvação.
§ Diz
que foi fundada sobre Pedro, a rocha.
§ Diz
que é a única que tem os sinais da verdadeira igreja : que é Una, Católica,
Apostólica e Romana.
É
aceito na Igreja Católica Romana o ensinamento de que Pedro é a pedra fundamental
na qual Cristo edificou a sua Igreja, e para fundamentar esse ensino, apelam,
principalmente para uma interpretação incorreta de Mt 16.16,19.
"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi
carne e sangue que tu revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te
digo que és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o
que desligares na terra terá sido desligado nos céus." Desta passagem, a
Igreja Católica Romana concluí o seguinte: a) Pedro é a rocha sobre a qual a
Igreja está edificada. b) Somente Pedro pode abrir a porta do Reino, por ter
recebido o poder das chaves. c) Pedro tornou-se o primeiro Bispo de Roma. Mesmo
numa análise superficial das Escrituras conclui-se que:
a.
Pedro jamais ocupou funções e posições
no seio do Cristianismo nascente.
b.
De acordo com a Bíblia, Cristo é a
pedra: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele
mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular."(Ef 2.20) "Este Jesus é a pedra
rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular."(At
4.11).
2.2.2 - Pedro foi o primeiro
Papa?
Tenha
estado ou não em Roma, o fato é que se Pedro foi Papa, foi um papa bem
diferente dos que já apareceram, se não vejamos:
c.
Pedro era financeiramente pobre.(At 3.6)
d.
Pedro era casado.(Mt 8.14,15)
e.
Pedro foi um homem humilde.(At 10.25,26)
f.
Pedro foi um homem repreensível.(Gl 2.1
1,14)
É
admirável que Pedro, sendo o "Príncipe dos Apóstolos", conforme o
catolicismo romano afirma, quem era o pastor da comunidade cristã em Jerusalém
era Tiago (At 15). Sendo assim, é lançada por terra a pretensão do catolicismo
romano de Ter o apóstolo Pedro como seu primeiro Bispo.
2.2.3 - Salvação
através de boas obras
Para
sermos salvos, a doutrina católica ensina que devemos continuamente praticar
boas obras "Contudo não se salva, embora esteja incorporado à Igreja,
aquele que, não perseverando na caridade, permanece dentro da Igreja, com o
corpo, mas não com o coração".
"Por
que pela graça sois salvos; mediante a fé; é isto não vêm de vós, é Dom de
Deus; mão de obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2.9,-9). Leia:
Tt 3.5; Rm 3.28; CI 3.8-26; Cl 2.21, Mt 7.21,22. "O Senhor mesmo afirma
que o batismo é necessário para a salvação" "Por que não me enviou Cristo para
batizar. Mas para pregar o evangelho..." (1 Co 1.17). "Arrependei-vos,
por que está próximo o Reino dos Céus..." (Mt 3.2)
Seguindo
eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o Eunuco: eis
aqui água, que impede que seja eu batizado? E disse Felipe: é lícito se crês de
todo o coração. E, respondendo ele, disse: creio que Jesus Cristo é o Filho de
Deus". (At 8.36,37). O Batismo é uma confissão pública de fé em Cristo,
por intermédio de atos e palavras, na qual o batizando mostra ter aceitado
plenamente as verdades com respeito à encarnação, à morte e à ressurreição de
Cristo. No ato do batismo, o convertido mostra ter morrido para o mundo e
renascido para Cristo, vivendo agora em novidade de vida. Concluindo, o batismo
em si não têm poder para salvar uma pessoa, mesmo por que não se batiza alguém
para que ele seja salvo, e sim porque já é salvo.
2.2.4 - Transubstanciação
"O
concílio de trento resume a fé católica ao declarar: ‘por ter Cristo, nosso
Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente
o seu corpo’, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o Santo Concílio declara
novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a
substância do pão na substância do corpo de Cristo, nosso Senhor, e de toda
substância do vinho na substância do seu sangue; esta mudança, a Igreja
Católica denominou-a com acerto e exatidão de Transubstanciaçâo." Esta doutrina, embora estranha à palavra de
Deus, é defendida pelo catolicismo romano como sendo uma doutrina bíblica,
usando para fundamentar tal ensino, as palavras de Jesus em Jo 6.53,54:
"Na verdade, na verdade vos digo que se: não comerdes a carne do Filho do
Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no
último dia".
Para
melhor compreendermos, é necessário que leiamos todo o contexto no qual está
inserida esta passagem, Jesus antes de fazer esta declaração disse:
"Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então lhe
disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhe, pois, Jesus: eu sou o
Pão da Vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá
sede". (Jo 6.33-35). Concluímos então que a vida eterna é dada através da
crença pessoal em Jesus Cristo, e que fora da união pessoal com o Salvador, não
há salvação. O Comer o Pão e o Beber o Vinho está dentro dos ensinamentos
acerca da Santa Ceia do Senhor, sobre a qual, o próprio Jesus ensinou: "E,
tomando o pão, tendo dado graças, o partiu e lhe deu, dizendo: isto é o meu
corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim". (Lc 22.19).
2.2.5 - Maria, nascida sem pecado
Pela
graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a
sua vida.Desde o primeiro instante da sua concepção, foi totalmente preservada
da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo
de toda sua vida. Vale ressaltar que: o próprio catecismo não admite como
bíblica esta doutrina, e sim, uma tradição da Igreja.
"Pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus". (Rm. 3.23). "Não há um
justo, nem sequer um". (Rm 3.10). Nestes versículos vemos comprovada a
afirmação de que todos pecaram, até mesmo Maria. A Bíblia se refere somente a
uma pessoa como aquele que nunca pecou, e este é: Jesus de Nazaré. "Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus". (2 Co 5.21). "Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". (Hb
4.15).
2.2.6 - Maria: Virgem perpétua
"Maria
permaneceu virgem concebendo seu Filho, virgem ao dá-lo à luz, virgem ao
carregá-lo, virgem ao alimentá-lo do seu seio, virgem sempre". REFUTAÇÃO Na sociedade em que vivia Maria,
ter muitos filhos era um sinal que a mulher contava com o favor divino, ao
passo que, não tê-los identificava a mulher como não sendo uma bem aventurada
ou agraciada por Deus. Não existe razão para o catolicismo romano defender com
tanto fervor esta doutrina que não encontra em nenhuma parte das escrituras,
apoio, conforme veremos. "Não é este o Filho do Carpinteiro? Não se chama
sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13.55). Veja
também Mc 6.3 e Gl 1.19.
"Da
Igreja aprende o exemplo de santidade; reconhece a sua figura e sua fonte em
Maria, a virgem santíssima". "Quem não temerá e glorificará o teu
nome, ó Senhor? Por que só tu és Santo, por isso todas as nações virão a
ti..." (Ap 15.4). "E chamavam uns para os outros, dizendo: Santo,
Santo, Santo é o Senhor dos exércitos; toda terra está cheia da sua
glória". (Is 6.3). As palavras "santo" ou "santidade"
são usadas mais de 600 vezes na Bíblia, mas nenhuma vez referindo-se a Maria.
Segundo a orientação bíblica nos devemos ser santo, porque Deus é santo e não
Maria como o catolicismo ensina. Confira em 1 Pe 1. 15,16 e Lc 11.44.
2.2.7 - Maria: a intercessora
"Por
isso, a bem aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de
advogada, auxiliadora, protetora, medianeira." Na Bíblia Sagrada esses títulos jamais foram
atribuídos a Maria.Vejamos cada um deles:
ü Advogada
"...
se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
justo". (1 Jo 2.1).
ü
Auxiliador:
"Assim
afirmamos confiantemente: o Senhor é o meu auxílio,não temerei; que me poderá
fazer o homem?". (Hb 13.6).
ü
Protetora:
A
Bíblia não chama pessoa alguma de "protetora", inclusive Maria.
ü
Mediadora
"Porquanto
há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem". (1 Tm 2.5). "Por isso mesmo, ele (Cristo) é o mediador da
nova aliança..." (Hb 9.15). Acerca do termo intercessão, a Bíblia fala de
Jesus Cristo como o único intercessor, vejamos então: "Por isso também
pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles". (Hb 7.25). É Cristo Jesus quem morreu, ou antes,
quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por
nós". (Rm 8.34). Vemos então que a Bíblia jamais atribui o título de
intercessora a Maria, caracterizando este ensinamento como "doutrina de
homens".
ü O
Purgatório
Os
que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente
purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam após a
morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para
entrarem na alegria do céu. A Igreja denomina purgatório esta purificação final
dos eleitos". A idéia de purgatório têm suas raízes no Budismo e em outros
sistemas religiosos da antiguidade. Até a época do Papa Gregório 1 porém o
purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da
doutrina romanista. O Catolicismo romano formulou a doutrina de fé relativa ao
purgatório sobretudo no concilio de Florença e Trento. Vejamos agora o que o
Pe. Vicente, autor do livro " Respostas da Bíblia às acusações dos Crentes
contra a Igreja Católica", fala acerca do purgatório:" Ë verdade que
na Bíblia não se encontra a palavra ‘purgatório’, no entanto a Bíblia descreve
situações, estados ou lugares que se identificam com a idéia de
purgatório".
A
doutrina do purgatório não só é uma fábula engenhosamente montada, como traz no
seu bojo um conjunto de absurdos e blasfêmias. Cito como exemplo a atribuição
do mesmo poder do Sangue de Jesus ao fogo desse inexistente"
purgatório". Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos
comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo
pecado".(l Jo 1.7). "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os
que estão em Cristo Jesus". (Rm 8.1) ao se cumprirem os tempos, se
manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo, o
pecado". (Hb 9.26).
"
As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a
despertar e a alimentar a nossa fé no ministério de Cristo. Através do ícone de
Cristo e de suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Através das santas
imagens da Santa Mãe de Deus, dos Anjos e dos Santos, veneramos as pessoas
nelas representadas".
Vejamos
também o que diz o Pe. Vicente a respeito da "Veneração" de imagens:
mesmo Deus, no livro de Êxodo, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e
colocá-los por cima da Arca da Aliança. Manda-lhe também, fazer uma serpente de
bronze e colocá-la por cima duma arte, para curar os mordidos pelas serpentes
venenosas (Nm 21.8,9). Seria uma grave blasfêmia desses ‘crentes’, considerar
Deus como esclerosado, já que no lugar da Bíblia manda fazer o imagens,
esquecido que no outro lugar o teria proibido".
No
começo do século VII, Gregório, o grande (590-604), um dos Papas mais fortes,
aprovou oficialmente o uso de imagens nas igrejas, mas institui que elas não
fossem adoradas. Mas, durante os século VIII, ofereceram-se-lhes orações e elas
foram rodeadas de uma atmosfera de ignorante superstição, de modo que até os
mulçumanos zombavam dos cristãos,
chamando-os de adoradores de ídolos, provando assim, que se Deus proíbe que o
homem faça para si imagens, é que Deus sabe o perigo que esta prática
representa à verdadeira fé; pela dificuldade que o homem tem de separar
veneração de adoração. Observemos o que a Bíblia diz:
"Não
fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem
coluna, nem poreis pedra com figuras da vossa terra, para vos inclinardes a
elas: porque eu o Senhor vosso Deus".(Lv 26.1).
"Guardai-vos,
não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos
façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor vosso
Deus vos proibiu". (Dt 4.23).
Acerca
do argumento católico-romano, que vê nos querubins da arca e na serpente de
bronze incentivo divino, para não só fazerem, mas adorarem imagens, afirmamos
que qualquer aluno das nossas escolas bíblicas dominicais sabe que: os
querubins eram ornamentos, e não objeto de adoração, bem como a serpente de
bronze que no momento em que o povo começou a adorá-la, o bom rei Ezequias a
destruiu. (Ver II Rs 19.4).
Podemos concluir que a ausência de Deus em
nossos corações causa uma necessidade tremenda de venerar ou adorar algo. A
igreja romana aproveitando desta necessidade
humana com o intuito de ma fé
indo contras as leis divinas criou então culto e veneração a imagem. A igreja
romana guarda um passado hostil e
macabro , quem não conhece a historias dos cristãos? Foram mártires que perderam suas vidas, porque
seguiram as santas doutrinas de cristo, e não a da igreja romana.
Foram épocas
difíceis para os cristãos ...todos que
eram contras suas leis eram mortos de maneiras cruéis. Ate mesmo o que a
igreja romana diz sobre Pedro ser o primeiro papa, a igreja vai contra a se
própria , como se explicar à morte macabra de Pedro o seu suposto papa? Morto
pregado em uma cruz de cabeça para baixo...Isso se realmente ele fosse o
primeiro papa, a igreja romana teriam assassinado.
Na verdade a igreja romana não tem como
explicar muitas coisas, como purgatório, cultos aos mortos, batismo de
crianças, aparições etc... Não podemos deixar a mentira prevalecer, fechar os
olhos com que nada estivesse acontecendo.
Séculos
mais tarde, no lugar da morte, em Roma, foi construída a basílica de São Pedro
(330 d.c), reconstruída no século 16 d.c. No lago da Galiléia, no mesmo lugar
do Primado e da profecia da morte, foi construído um modesto Santuário (até
hoje), onde, em honra de São Pedro, está a cruz de cabeça para baixo, para
significar “de que modo Pedro morreu, para a glória de Deus.” (João, 21,
19).
Durante uns 10 anos Pedro governou a Igreja em
Jerusalém, na Judéia, Samaria, no litoral e em Antioquia. Em 42 d.c. fundou a
Igreja em Roma. No tempo de Nero, em 67 d.c. , foi preso e crucificado no
Vaticano, além do rio Tibre. Na hora da crucificação pediu aos algozes que
fosse crucificado de cabeça para baixo, dizendo "Não sou digno de morrer
como meu mestre Jesus”, que morreu em posição normal. Os algozes atenderam ao
pedido.A BIBLIA não declara o
nome católico... diz apenas que Paulo e
Pedro pregou o cristianismo na Itália, foram mortos La pela a igreja de Roma... pois eles não queriam
aceitar o cristianismo.
(Jeremias 10:14) -
Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento; envergonha-se todo o
fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida é mentira, e
nelas não há espírito.
(Jeremias 51:17) -
Embrutecido é todo o homem, no seu conhecimento; envergonha-se todo o
artífice da imagem de escultura; porque a sua imagem de fundição é mentira, e
nelas não há espírito.
(Habacuque 2:18) -
Que aproveita a imagem de escultura, depois que a esculpiu o seu
artífice? Ela é máscara e ensina mentira, para que quem a formou confie na sua
obra, fazendo ídolos mudos?
III PARTE
A IGREJA ROMANA QUER INVESTER A HISTORIA
A
Igreja Romana alega que foi fundada no ano 33 d.C, por JESUS CRISTO, e, que
desde então é a única Igreja verdadeira ... Isso só poderá ser aceito por quem
não conhece a História. Por anos a Igreja fundada por JESUS e consolidada por
ELE no dia de Pentecostes, permaneceu UNA. Era chamada Igreja [Atos 8:3], Igreja de DEUS [Atos 20:28] e Igreja de Cristo [Romanos 16:16]. Já no primeiro [1º]
século, vemos pelas cartas às SETE Igrejas do Livro Apocalipse, que males
começaram a se alojar nas Igrejas locais, que foram aumentando até culminar em
ruptura, principalmente o afastamento da doutrina apostólica; apareceram
problemas morais, administrativos e ambição de seus dirigentes.
Em 312 d.C o Imperador Romano Constantino I
adotou a religião Cristã e no ano seguinte fez do Cristianismo a religião
oficial do Império Romano, trazendo para dentro da Igreja multidões de pessoas
não convertidas, que para se tornarem "agradáveis" ao ESTADO [ao
Governo do Imperador] faziam-se cristãos nominais, agindo como atores, sem
experimentarem a genuína conversão por CRISTO. É o "edito de Constantino",
que a partir daí, penetraram na Igreja ritos, cerimônias e crenças pagãs,
juntamente com a Idolatria. Aí está o princípio do que mais tarde chamou-se
Igreja Católica Apostólica Romana.
Os Católicos e alguns Evangélicos crêem na
Santíssima Trindade, ou seja: DEUS o Pai, DEUS o Filho, e DEUS o Espírito
Santo. Eles até compartilham da doutrina de que CRISTO é o Salvador pela Sua
morte vicária. Em nossos dias ate algumas igrejas evangélicas perderam o rumo,
esqueceram que só existe um Deus verdadeiro, a igreja dos apostolo não era
politeísta, tritéista, discista a verdadeira igreja do velho testamento e do
novo é MONOTÉISTA. Portanto as Igrejas
ensinam a Existência do Céu e do Inferno e aceitam a mesma Bíblia como a
Palavra de DEUS. Pergunta: Se há tanta identidade porque caminham separadas?
Vamos comentar esse assunto para vermos o que foi que aconteceu e o que a
Igreja Católica e algumas que se diz evangélica se tornaram! Lembrando apenas
que a Igreja de Roma sempre se mantinha "forte" por ter sua sede na
própria Roma que também era capital do Império Romano; isso com certeza influenciaram
bastante até pelo menos o ano 600 d.C.
3.1 - ALGUMAS ALTERAÇÕES QUE A TIRARAM DO RUMO
Ano
304 d.C.Os Bispos começam a serem chamados de Papa [Mateus 23,12]. Ano 310: Iniciam as rezas
pelos mortos [Deuteronômio 18:11]. Ano 320: Começam usar
velas nas Igrejas pela primeira vez. Ano 325: Constantino celebra o 1º
(primeiro) concílio das Igrejas [com Cristãos e atores]. Ano 381: A Igreja
Cristã recebe o nome de "Católica". Ano 394: O culto Cristão é
substituído pela Missa. Ano 416: Começam a batizar crianças recém-nascidas. Ano
431: Instituído o culto à Maria, mãe de JESUS. Ano 503: O Purgatório começa a
existir. Ano 787: Começaram com o Culto às Imagens [coisa que DEUS tem Nojo].
Ano 830: Começaram a usar Ramos e Água Benta. Ano 933: Instituída a Canonização
de "Santos". Ano 1184: Inquisição [foi efetivada anos depois]. Ano
1190: Instituem a venda de Indulgência [pagar ($) para perdão dos pecados]. Ano
1200: A Hóstia substitui a Ceia. Ano 1216: Instituída a Confissão. Ano 1546: Os
Livros Apócrifos [não inspirados por DEUS] foram introduzidos na Bíblia. Ano
1854: Dogma da Imaculada Conceição. Ano 1870: Infalibilidade Papal. Ano 1950:
Assunção de Maria. Existem mais coisas que foram inventadas ao longo dos
tempos, isso se cumpre quando a Bíblia diz: Salmos 42:7
3.2 - Um Abismo clama outro abismo
Tal
Alteração desprestigiou a Igreja dividindo a Cristandade. No ano 869 a Igreja
Ortodoxa (Doutrina Correta) separou-se de Roma recusando submissão ao papa e
dizendo que a Infalibilidade é a "Blasfêmia que coroou o Papado!!!"
Somente Um [1] Homem Foi Perfeito: CRISTO HOMEM! Essa divisão da Igreja
Católica e Igreja Ortodoxa teve o nome de O CISMA; sendo que das 4 (quatro)
Igrejas chamadas "potências", 2 (duas) apoiavam Constantinopla e
NENHUMA apoiava Roma, isso demonstra que o "cismado" acabou sendo
Roma e a grande maioria ficou com Constantinopla.
Em
1517 [ano] o Monge Católico Martin Lutero "encontrou" a Bíblia,
inspirou-se nas palavras do apóstolo Paulo em Romanos 1:17 onde diz: "O justo
viverá da Fé"; raciocinou que a Salvação nos é dada pela Fé em CRISTO e
não pelos Ritos, Sacramentos e Penitências receitados pelo Catolicismo.
Levantou 95 [noventa e cinco] teses que a Igreja Católica erroneamente cometia;
e o mais interessante, o Papa mais tarde condenou apenas 41 [quarenta e uma]
das 95 [noventa e cinco] teses, assumindo e concordando com Lutero, no que isso
ascendeu num movimento chamado pelos católicos de Contra-Reforma, que pretendia
moralizar a própria Igreja.
A
palavra "Protestante" apareceu quando Clemente VII em 1529 DC, tentou
impedir que o Evangelho fosse pregado em alguns estados da Alemanha; os
Cristãos não Católicos fizeram um "protesto" contra essa pretensão do
Papa e receberam o nome de PROTESTANTES, aplicado hoje a todos os Evangélicos.
O movimento dos Evangélicos inspirados pelas teses corretas de Lutero teve o
nome dado pelos católicos e depois adotado pelos evangélicos de Reforma
Protestante. Mais a frente no capitulo 4 darei detalhes e datas sobre a reforma
Luterana.
3.3
– A Mãe de Deus
Maria,
a virgem, mãe de Jesus. Todas as informações a seu respeito, somente as
Escrituras é que no-las dá. Diz ela que no sexto mês após a concepção de
João Batista foi enviado o anjo Gabriel a Nazaré, cidade ou aldeia da Galiléia,
a uma virgem chamada Maria, que ali morava, desposada com um carpinteiro de
nome José, Lc 1.26,27, reconhecido como descendente de Davi. Não se diz que a
virgem também o fosse; muitos acreditam que também pertencia à mesma linhagem,
porque, diz o anjo, que o filho que ia nascer dela receberia o “trono de seu
pai Davi”, e que “foi feito da linhagem de Davi, segundo a carne”, Rm 1.3; 2Tm
2.8 cp. At 2.30.
Além
disso, a opinião de muitos doutores é que a genealogia de Cristo, como a dá em
Lucas, Lc 3.23-38, é pelo lado materno, vindo de Eli, que se supõe ser o pai
dela. Como quer que seja, o anjo Gabriel saudou a Maria, dizendo: “Salve!
Agraciada; o Senhor é contigo”, anunciando-lhe que ela teria um filho a
quem deveria chamar Jesus. “Este será grande, será chamado Filho do Altíssimo;
Deus o Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, ele reinará para sempre sobre
a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”, Lc 1.32,33.
Quando
Maria perguntou como se faria isso, visto não conhecer varão, o anjo lhe
respondeu: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será
chamado Filho de Deus”, Lc 1.35. Estas declarações revelaram a Maria que ela
foi escolhida para ser a mãe do Messias. Com humildade, aceitou a honra que
Deus misteriosamente lhe concedia. Para seu conforto o anjo Gabriel a informou
de que a sua parenta Isabel ia também ser mãe, pelo que Maria se apressou a
caminhar para as montanhas a uma cidade de Judá, onde moravam Zacarias e sua
mulher Isabel. À sua entrada Isabel cientificou-se da honra que ia receber e
por uma inspiração de momento proferiu o cântico de louvor. Por sua vez, Maria
entoou o hino de graças denominado “A Magnífica”, Lc 1.46-55. Isto nos dá a
entender a profunda piedade e a solene alegria com que estas santas mulheres
contemplaram o poder e a graça de Deus que por seu intermédio ia realizar as
antigas promessas feitas a Israel, e trazer a salvação ao mundo. Maria
permaneceu em casa de Isabel até pouco antes do nascimento de João Batista, e
voltou para Nazaré. Revelada que foi a origem de sua concepção, a José por meio
de um sonho, quando ele pensava em deixá-la secretamente, Mt 1. 18-21.
Deus
ordenou-lhe que a recebesse por mulher, e que ela teria um filho que se
chamaria Jesus, porque ele salvaria seu povo dos pecados deles, Mt 1.24,25, em
virtude do que havia dito o Senhor pelo profeta Isaías que ele nasceria da uma
Virgem; José obedeceu reverentemente; recebeu-a por mulher, e não a conheceu
enquanto não deu à luz ao seu primogênito, e lhe pôs por nome Jesus, Mt
1.24,25. Pelo casamento, a Virgem ficou abrigada de más suspeitas e o filho que
lhe nasceu foi tido como filho de José, segundo a lei, e como tal herdeiro de
Davi. O nascimento deu-se em Belém. Um decreto de César Augusto ordenou que
todo o mundo se alistasse, em virtude do qual, José teve de ir à cidade de
Davi, como seu descendente, acompanhado de sua esposa Maria.
Não
encontrando lugar na hospedaria foram obrigados a abrigar-se em uma estrebaria.
Ali nasceu Jesus; sua mãe o enfaixou e o deitou em uma manjedoura, Lc 2.7. Com
reverente e confiante assombro, Maria ouviu a narração dos pastores, relatando
a visão dos anjos e o cântico que tinham ouvido, anunciando paz ao mundo pelo
nascimento do Salvador. Portanto ela ainda não sabia que seu filho era Deus que
se fez carne; apenas sabia que ele ia ser o Messias, e com verdadeira piedade
esperava que Deus lhe desse luz sobre a missão de seu filho. No quadragésimo
dia depois de nascido o menino, José e Maria o levaram a Jerusalém para o
apresentarem diante do Senhor e oferecerem no templo o que a lei ordenava às
mães, Lv 11.2,6,8.
Os
animais oferecidos deviam ser um par de rolas, ou dois pombinhos, indicando as
humildes condições da família. Ao apresentarem o menino no templo, encontraram
o velho Simeão que se regozijou pelo nascimento do Messias, porém profetizou a
sua mãe que ela teria grandes dores e tristezas pelo que a ele havia de
acontecer, Lc 2.35. Parece que, depois disto, José e Maria voltaram para Belém,
Mt 2.11. Ali foram ter os magos do oriente que vieram adorar a Jesus, Mt
2.1-11. Em seguida o casal fugiu para o Egito levando o menino, regressando
mais tarde para Nazaré em obediência a instruções divinas. Ali deveria ele
dedicar-se à educação do filho da promessa que lhe havia sido confiado, e cujo
futuro era objeto de constante cuidado.
Um
dos traços do caráter de Maria desenha-se quando o menino tinha doze anos.
Piedosamente em companhia de seu esposo, ia anualmente a Jerusalém por ocasião
da festa da páscoa, Lc 2.41, se bem que as mulheres não estavam sujeitas a esta
obrigação, Ex 23. 17. Com igual piedade, José e Maria levaram consigo o menino,
logo que ele atingiu a idade, quando era costume que as crianças deveriam
comparecer ao templo. A sua demora na casa de Deus e as suas palavras na
discussão com os doutores, foi motivo de causar maior espanto a seus pais. “E
sua mãe conservava todas estas palavras no seu coração”, Lc 2.51. Maria ainda
não havia compreendido toda a grandeza real de seu filho, nem de que modo
realizaria a sua missão. Com reverência e cheia de confiança ia cumprindo o seu
dever, educando o menino para o serviço de Deus, o que ela realmente fez
enquanto ele esteve debaixo de sua autoridade. Se os “Irmãos do Senhor” eram,
como é provável, filhos de José e de Maria, nascidos depois que Jesus apareceu,
Maria deveria ter sido mãe de grande família. O evangelho também fala das irmãs
de Jesus, Mc 6.3. Nada mais se diz a respeito te Maria até ao princípio do
ministério público de Jesus.
Aparece
então nas bodas de Caná de Galiléia, Jo 2.1-10. Evidentemente regozijou-se
em ver que seu filho assumia as funções do oficio messiânico, e, sem
reservas, creu nele. Imprudentemente, porém, ela pretendeu dirigir os seus
atos, o que provocou da parte dele uma repreensão respeitosa. Maria devia
compreender que, na sua obra, ela participava apenas como sua companheira. Na
qualidade de filho, prestava-lhe reverência, porém na qualidade de Messias e
Salvador ele só a poderia ter como discípula, precisando igualmente, com os
demais, a salvação que ele veio trazer ao mundo. Verdade semelhante se repete
em outra ocasião quando ela aparece, Mt 12.46-50; Mc 3.31-35; Lc 8.19-21. No grande
dia das parábolas, estando ele ensinando o povo, Maria e os irmãos de Jesus
desejavam vê-lo, talvez com o intuito de afastá-lo dos perigos que a oposição
lhe criava. Respondendo, fez notar que as relações espirituais entre ele e seus
discípulos eram mais importantes do que os laços de família. “Todo aquele que
fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, e irmã e mãe”,
Mt 12.50. Enquanto Cristo prosseguia em seu ministério, sua mãe e seus irmãos,
parece que continuavam a morar em Nazaré.
No
ato da crucifixão, aparece Maria com outras mulheres, perto da cruz. Ao
contrário dos irmãos de Jesus, Jo 7.5, ela sempre creu na missão salvadora de
seu filho, e por isso não é de estranhar que o acompanhasse ate a última e
fatal jornada a Jerusalém.
Dominada
pelo amor de mãe, e pelos afetos de um discípulo, contemplou-o pregado à cruz e
nesta hora de suprema angústia, ele dirigiu-lhe a palavra entregando-a aos
cuidados do amado discípulo João, que desde essa hora a levou para sua casa, Jo
19.25-27. Depois da assunção de Jesus, ela se encontra, na companhia dos
apóstolos no quarto alto de Jerusalém, At 1.14, e nada mais nos diz a Escritura
a seu respeito. Não se sabe, quando e de que modo morreu. O seu túmulo vê-se no
vale de Cedrom, mas não se pode crer na sua legitimidade, por falta de bons
testemunhos. Há muitas lendas a respeito de Maria, nenhuma, porém, digna de fé.
A Escritura apresenta-a como simples modelo de fé e de piedade forma que os
Católicos se dirigem a MARIA, e também a adoram como o DEUS. Ora, sabemos que
JESUS CRISTO é DEUS, como pessoa divina da Santíssima Trindade, nesse sentido,
MARIA é mãe de DEUS! Mas NÃO é assim que os Católicos crêem e ensinam. A Igreja
Romana afirma ainda que Maria foi concebida sem pecado, e que ascendeu ao céu
do mesmo modo que NOSSO SENHOR JESUS. A Bíblia afirma que Maria foi muito
agraciada por DEUS por Ter sido escolhida para ser a Mãe do Salvador, mas não
imaculada, sem pecado. Ela invocou a DEUS, chamando-o de "MEU
SALVADOR" [Lucas 1:47]; isso quer dizer que ela,
apesar de ser uma mulher abençoada, era como nós, necessitava ser salva. Os
Católicos acusam os Evangélicos de desprezarem Maria, dizendo até que os
"Protestantes" põe "Mãe contra Filho", quando nós na
verdade altamente a Honramos. Primeiro porque DEUS o Pai a honrou sobremaneira,
escolhendo-a para ser gerado o nosso Salvador. Segundo, nós procuramos fazer o
ÚNICO mandamento que ela nos deixou (que os católicos na sua totalidade
desprezam), vejam o seu mandamento:
João 2:5 "Fazei tudo o que Ele vos
disser". E a primeira ordem de CRISTO foi: Marcos 1:15
"Arrependei-vos e Crede no Evangelho"! Portanto, não adianta ficar
"Santa Maria, Mãe de DEUS, rogai por nós..." se está escrito em João
14:6 "Disse JESUS: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, NINGUÉM vai ao
Pai se não por MIM"! O SENHOR JESUS completa o ensinamento em João 14:13
"E tudo quanto pedirdes em MEU NOME, EU O FAREI, para que o PAI seja glorificado
no FILHO!!!"
Absolutamente,
NÃO HÁ outro Caminho! NÃO HÁ outro jeito! O Romanismo ensina
que uma pessoa enquanto viva, não tem meios de saber se está salva ou perdida
[ver 1João 1:7];
outrossim, confiam muito nas boas obras pessoais para serem salvos, e também na
intermediação dos santos para o mesmo fim. Tudo isso é falta de conhecimento do
Evangelho de Nosso SENHOR JESUS. A Salvação é UNICAMENTE pela graça divina
mediante a "FÉ" [Romanos 1:17], porém a "FÉ" sem
Obras é Morta [Tiago 2:26], mas também "pela
Graça sois Salvos" [Efésios 2:8]! Continuando, em Tito 3:5
"Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito
Santo". Pode-se ler também Romanos 1:16; 3:23-24. Irmãos, para entender, "FÉ"
quer dizer que você CRÊ em algo que não VÊ [Hebreus 11:1], vejamos Gálatas 2:16
"Sabendo que o homem NÃO é justificado pelas Obras da Lei, mas pela
"FÉ" em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela "FÉ" de
Cristo e não pelas Obras da Lei, porquanto pelas Obras da Lei nenhuma carne
será justificada"! CRISTO ensinou o seguinte em João 5:24 "Quem houve
a minha palavra, e Crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará
mais em condenação, mas passou da morte para a vida"! Este é o testemunho
externo da Palavra de DEUS, infalível e fidedigna. Mas temos também o
testemunho interno da Salvação, da parte do Espírito Santo, dentro de nós:
Romanos 8:16 "O mesmo Espírito testifica com o nosso 'espírito' que somos
filhos de DEUS"; sendo assim, você passa a ser "FILHO", o seu
PAI não o condenará; você como Filho "fará por onde"! O Romanismo
ensina que seus fiéis que morrem com pecados veniais não perdoados vão para o
PURGATÓRIO, para purgarem esses pecados. Depois disso as almas irão para o Céu.
Na Bíblia não consta a palavra PURGATÓRIO.
Essa doutrina deprecia a doutrina Bíblica da Salvação pela graça divina, pois
Nega a eficácia da obra expiatória ["purgatória"] de CRISTO na Cruz
do Calvário. Vejamos o que diz a Bíblia: João 19:30 "E, quando Jesus tomou
o vinagre, disse: Está consumado. E inclinando a cabeça, entregou o
espírito". 1João 1:7 "Mas se andarmos na luz, como ele na luz está,
temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS CRISTO, seu Filho, nos
purifica de todo pecado". Poderíamos ler ainda Hebreus 9:12 e 10:12. A divisão que a Igreja Católica Romana
faz dos pecados é "anti-bíblica", pois não existe "pecadinho e
pecadão", então não existem "pecados veniais". Ao pecador
penitente convicto pelo Espírito Santo e sinceramente arrependido, DEUS o
perdoa de todo Pecado [Sl 103:3, Isaías 55:7, 1João 1:9]. Romanos 8:1 diz: "Portanto
agora nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS". O
Salvo ao deixar este corpo, pela morte, entra imediatamente na presença do
SENHOR; o não salvo ressurgirá no Dia do Juízo para ser julgado e talvez possa
ser Salvo [2Coríntios 5:8 e Filipenses 1:23]. Os Católicos citam em
apoio ao Purgatório Mateus 5:26, onde JESUS, à luz do
contexto, referia-se a um aprisionamento literal.
3.4 – Como Surgiu o Papado
Os
Bispos que dirigiam Igrejas em certas cidades de destaque eram chamados de
METROPOLITANOS; mais tarde foram chamados de PATRIARCAS. Havia Patriarcas em
Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma [capital do Império
Romano] que era a principal cidade do Ocidente. O Bispo de Roma tomou o Título de
"PAI", que mais Tarde foi modificado para "PAPA", isso no
ano 304.
Destes
05 (cinco) Bispos havia fortes disputas pela autoridade Suprema. Mais tarde a
briga ficou entre o PATRIARCA de Constantinopla (Oriente) e o PAPA de Roma
(Ocidente). Roma declara poder mencionar o nome de dois (2) Apóstolos como
fundadores, os considerados Pedro e Paulo. Foi então que surgiu a Tradição de
que PEDRO foi o 1º [primeiro] Bispo de Roma e como Bispo de Roma ele deveria
ser "UM PAPA". Eles supunham que o Título de Bispo no 1º [primeiro]
século, tinha o mesmo significado que lhe davam no 4º [quarto] século
(Patriarca ou Chefe Supremo da Igreja). Eles citavam dois (2) textos do
Evangelho como prova desses fatos. Vejamos Mateus 16:18 "Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Esse
texto que acabamos de ler, pode ser visto ainda hoje, escrito em Latim na
cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano. O outro texto que citavam era João
21:16 "Apascenta as minhas ovelhas"; por ironia, em outra
ocasião, Pedro negou a JESUS [Marcos 14:66-72, Lucas 22:54-62]!
No ano 58 d.C., PAULO escreveu a Epístola aos
Romanos [conforme os Católicos, PEDRO deveria estar no poder a 15 anos]. No Capítulo
16 do Livro de Romanos inteiro, PAULO mandou saudações para muita gente em
ROMA, porém PEDRO não é mencionado. Caso Pedro fosse Papa da Igreja em ROMA,
Paulo o teria mencionado em 1º [primeiro] Lugar. No ano 62 Paulo chegou a ROMA,
e foi visitado por muitos irmãos, porém novamente não aparece o nome de PEDRO [Atos
28:11-31]. Se PEDRO fosse dirigente da Igreja em ROMA, sendo portanto uma
figura tão importante, Lucas, escritor de Atos, o teria mencionado. De Roma,
Paulo escreveu 04 [quatro] cartas, são elas: No ano 62 escreveu aos Efésios,
Colossenses, e Filemom. No ano 63 d.C. escreveu aos Filipenses. Nada a respeito
de PEDRO é mencionado. Ora, conforme a Igreja Católica, PEDRO já estava nessas
alturas a 20 anos no poder como Papa. Entre os anos 67 e 68 d.C, após o
incêndio em Roma, quando Paulo estava preso pela 2ª [segunda] vez, ele escreveu
2Timóteo, porém esse tal Papa que a Igreja Católica diz que existia
também não é mencionado.
Em
suma, dizer que PEDRO foi o 1º [primeiro] Papa da Igreja é uma IMPOSIÇÃO
extremamente humana, sem fundamentos nas Escrituras Sagradas. Conta a História,
que Pedro esteve em Roma sim; e foi morto através do Imperador Romano Nero
César Augusto Germânico o nome não aparece na bíblia.mais foi este César que
Paulo apelou, At 25,11. Nero era um
monstro de crueldade. Envenenou a Britânico , mandou matar a espada a sua
própria mãe Agripina,sua mulher, Otávia, suicidou-se abrindo as veias por ondem
de seu marido. Ele próprio matou a ponta pé a sua segunda mulher, Pompéia.
Atribuiu-se incêndio de Roma, a que assistiu declarando versos que compusera.
Fez morrer os suplícios milhares de cristãos a quem acusou deste incêndio, foi
durante o incêndio de Roma em 64, que Paulo foi sentenciado e morto. Os santos
da casa de César fl 4,22 e mais tarde se suicidou... ( fonte ...pequena enciclopédia
bíblia edição de 1966)
Em
menos de 2 [dois] anos sucederam-lhe 4 [quatro] Imperadores os quais foram:
Galba [68 a 69 d.C.], Otão [69 d.C.], Vitélio [69 d.C.] e Vespasiano [69 a 79
d.C.]; tal desestabilização do Império fez com que muitos territórios ocupados
no Oriente Médio tomassem coragem e tentassem a Independência; um deles foi a
Judéia, no que culminou com a Destruição de Jerusalém [70 d.C.].
Imperador
Octavius Augustus.
3.5
- Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.)
Depois
de um século de lutas civis, o mundo romano estava desejoso de paz. Octavius Augustus se encontrou na situação
daquele que detém o poder absoluto num imenso império com suas províncias
pacificadas e em cuja capital a aristocracia se encontrava exausta e
debilitada. O Senado não estava em condições de opor-se aos desejos do general,
detentor do poder militar. A habilidade de Augustus - nome adotado por Octavius
em 27 a.C. - consistiu em conciliar a tradição Republicana de Roma com a de monarquia
divinizada dos povos orientais do império.
Conhecedor
do ódio ancestral dos romanos à instituição monárquica, assumiu o título de
imperador, por meio do qual adquiriu o Imperium, poder moral que em Roma se
atribuía não ao rei, mas ao general vitorioso. Sob a aparência de um retorno ao
passado, Augustus orientou as instituições do estado romano em sentido oposto
ao republicano. A burocracia se multiplicou, de forma que os senadores se
tornaram insuficientes para garantir o desempenho de todos os cargos de
responsabilidade. Isso facilitou o ingresso da classe dos cavaleiros na alta
administração do império. Os novos administradores deviam tudo ao imperador e
contribuíam para fortalecer seu poder. Pouco a pouco, o Senado - até então
domínio exclusivo das antigas grandes famílias romanas - passou a admitir
italianos e, mais tarde, representantes de todas as províncias.
A
cidadania romana ampliou-se lentamente e somente em 212 d.C. o imperador Marcus
Aurelius Antoninus, dito Caracalla, reconheceu todos os súditos do
império. O longo período durante o qual Augustus foi senhor dos destinos de
Roma, entre 27 a.C. e 14 d.C., caracterizou-se pela paz interna (Pax Romana),
pela consolidação das instituições imperiais e pelo desenvolvimento econômico.
As fronteiras européias foram fixadas no Reno e no Danúbio, completou-se a
dominação das regiões montanhosas dos Alpes e da Península Ibérica e
empreendeu-se a conquista da Mauritânia
O
maior problema, porém, que permaneceu sem solução definitiva, foi o da sucessão
no poder. Nunca existiu uma ordem sucessória bem definida, nem dinástica nem
eletiva. Depois de Augustus, revezaram-se no poder diversos membros de sua
família. A história salientou as misérias pessoais e a instabilidade da maior
parte dos imperadores da
Dinastia Julius-Claudius, como Caius Julius
Caesar Germanicus, Caligula, imperador de 37 a 41 d.C., e Nero, de 54 a 68 d.C.. É provável que tenha
havido exagero, pois as fontes históricas que chegaram aos tempos modernos são
de autores que se opuseram frontalmente a tais imperadores. Mas se a corrupção
e a desordem reinavam nos palácios romanos, o império, solidamente organizado,
parecia em nada ressentir-se. O sistema econômico funcionava com eficácia,
registrava-se uma paz relativa em quase todas as províncias e além das fronteiras
não existiam inimigos capazes de enfrentar o poderio de Roma.
Na
Europa, Ásia e África, as cidades, bases administrativas do império, cresciam e
se tornavam cada vez mais cultas e prósperas. As diferenças culturais e sociais
entre as cidades e as zonas rurais que as cercavam eram enormes, mas nunca
houve uma tentativa de diminuí-las. Ao primitivo panteão romano juntaram-se
centenas de deuses e, na religião como no vestuário e em outras manifestações
culturais, difundiram-se modismos Egípcios e Sírios. A partir de suas origens
obscuras na Judéia, o cristianismo foi-se aos poucos
propagando por todo o império, principalmente entre as classes baixas dos
núcleos urbanos. Em alguns momentos, o rígido Monoteísmo de Judeus e cristãos
se chocou com as conveniências políticas, ao opor-se à divinização, mais ritual
que efetiva, do imperador. Registraram-se então perseguições, apesar da ampla
tolerância religiosa de uma sociedade que não acreditava verdadeiramente em
nada.
O
império romano só começou a ser rígido e intolerante em matéria religiosa
depois que adotou o cristianismo como religião oficial, já no século IV. O
século II, conhecido como o Século dos Antoninus, foi considerado pela
historiografia tradicional como aquele em que o Império Romano chegou a seu
apogeu. De fato, a população, o comércio e o poder do império se encontravam em
seu ponto máximo, mas começavam a perceber-se sinais de que o sistema estava à
beira do esgotamento. A última grande conquista territorial foi a Dácia e na
época de Trajanus (98-117 d.C.) teve início um breve
domínio sobre a Mesopotâmia e a Armênia. Depois dessa
época, o império não teve mais forças para anexar novos territórios.
Fórum
Romano, o coração de Roma - detalhe em maquete da antiga Roma.
Uma
questão que os historiadores nunca conseguiram esclarecer de todo foi a da
causa da decadência de Roma. Apesar da paz interna e da criação de um grande
mercado comercial, a partir do século II não se registrou nenhum
desenvolvimento econômico e provavelmente também nenhum crescimento
populacional. A Itália continuava a registrar uma queda em sua densidade
demográfica, com a emigração de seus habitantes para Roma ou para as longínquas
províncias do Oriente e do Ocidente. A agricultura e a indústria se tornavam
mais prósperas quanto mais se afastavam da capital. No fim do século II,
começou a registrar-se a decadência.
Havia
um número cada vez menor de homens para integrar os exércitos, a ausência de
guerras de conquista deixou desprovido o mercado de escravos e o sistema
econômico, baseado no trabalho da mão-de-obra escrava, começou a experimentar
crises em conseqüência de sua falta, já que os agricultores e artesãos livres
haviam quase desaparecido da região ocidental do império. Nas fronteiras, os
povos bárbaros exerciam uma pressão crescente, na tentativa de penetrar nos
territórios do império. Mas se terminaram por consegui-lo, isso não se deveu a
sua força e sim à extrema debilidade de Roma. O século III viu acentuar-se o
aspecto Militar dos Imperadores, que acabou por
eclipsar todos os demais. Registraram-se diversos períodos de anarquia militar,
no transcurso dos quais vários imperadores lutaram entre si devido à divisão do
poder e dos territórios. As fronteiras orientais, com a Pérsia, e as do norte, com os povos
germânicos, tinham sua segurança ameaçada. Bretanha, Dácia e parte da Germânia
foram abandonadas ante a impossibilidade das autoridades romanas de garantir
sua defesa. Cresceu o banditismo no interior, enquanto as cidades,
empobrecidas, começavam a fortificar-se, devido à necessidade de defender-se de
uma zona rural que já não lhes pertencia. O intercâmbio de mercadorias decaiu e
as rotas terrestres e marítimas ficaram abandonadas. Um acelerado declínio da
população ocorreu a partir do ano 252 d.C., em conseqüência da peste que
grassou em Roma. Os imperadores Aurelianus, regente de 270 a 275 d.C.,
e Diocletianus, de 284 a 305 d.C.,
conseguiram apenas conter a crise. Com grande energia, o último tentou
reorganizar o império, dividindo-o em duas partes, cada uma das quais foi
governada por um augusto, que associou seu governo a um caesar, destinado a ser
o seu sucessor. Mas o sistema da Tetrarquia não deu resultados. Com a
abdicação de Diocletianus, teve início uma nova guerra civil.
Constantinus I favoreceu o cristianismo,
que gradativamente passou a ser adotado como religião oficial. A esclerose do
mundo romano era tal que a antiga divisão administrativa se transformou em
divisão política a partir de Theodosius I, imperador de 379 a 395
d.C., o último a exercer sua autoridade sobre todo o império. Este adotou a
Ortodoxia Católica como religião oficial, obrigatória para todos os súditos,
pelo edito de 380 d.C.. Theodosius I conseguiu preservar a integridade imperial
tanto ante a ameaça dos bárbaros quanto contra as usurpações. No entanto,
sancionou a futura separação entre o Oriente e o Ocidente do império ao
entregar o governo de Roma a seu filho Honorius, e o de Constantinopla, no Oriente, ao
primogênito, Arcadius. A parte oriental conservou uma maior
vitalidade demográfica e econômica, enquanto que o império ocidental, no qual
diversos povos bárbaros efetuavam incursões, umas vezes como atacantes outras
como aliados, se decompôs com rapidez. O rei godo Alarico saqueou Roma no ano
410 d.C.
As
forças imperiais, somadas às dos aliados bárbaros, conseguiram entretanto uma
última vitória ao derrotar Átila nos Campos Catalaúnicos, em 451 d.C. O último
imperador do Ocidente foi Romulus Augustus, deposto por Odoacrus no ano
476d.C., data que mais tarde viria a ser vista como a do fim da antiguidade. O
império oriental prolongou sua existência, com diversas vicissitudes, durante
um milênio, até a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453.
Capitólio,
a fortaleza natural de Roma - detalhe em maquete da antiga Roma.
Roma sempre teve uma historia confusa, por
tentar ficar sempre no topo fazia qualquer coisa para não perder o titolo de
império do MUNDO. E hoje ainda cultiva o
mesmo sonho! Não e mais potencia financeira , mais tem a pretencao de ser a potencia religiosa
do mundo... mudando ate os preceitos de Deus para alcançar seu ideal.
Quem ainda não conhece a historia sangrenta
da igreja Roma? Usava padres trenado para persuadir, espanca,mutilar e ate
matar quem não aceitasse as falsas
dotrinas mentirosas da igreja de Roma, eram conhecidos como os Jesuítas.Ap 6,1
e o reflexo real de uma historia melancólica...prega paz mais e acompanhado de
guerra fome e morte em nome da paz. Vivem sempre tentando inverter a historia
natural do percusso do cristianismo e seu nascimento.
Quem conhece a bíblia sabem que não podemos
aumentar e nem tira nada do que cristo ensinou, cristo nos ensinou que ele é
Deus de paz e não de guerra. A paz não deve ser imposta por guerra, a igreja
Romana sempre aproveitou da inocência humana, de pessoas sem culturas.
Roma sempre estava na frente das colorização,
implantando o catolicismo. acima de
qualquer coisa era uma lei com pena de morte para os infratores, Roma sempre
inverteu a historia. Cristo fundou o catolicismo e não o cristianismo. Chegou o
momento de a igreja romana saber que temos culturas e não somos indoutos. Caro
leitor! Quer continuar sendo enganado? Ou você já não aceita viver na
mentira?
IV PARTE
MARTIN LUTERO
Há muitas fabulas sobre Lutero, há ate quem diz que ele
reformou a igreja catolica romana. Neste
capitulo quero lhes apresentar algo muito importante para nossa fé, sabemos que
a fé vem por ouvir, acreditamos na quilo que
se podem provar. A causa o por que cremos em Deus e pela a
prova da sua existência, os apostolos Paulo e Pedro nos advertiu sobre falsos
ensinamentos , nos últimos tempos.
Es ai a razão porque há tantas seitas e
heresias. A igreja de Roma sempre quis estar na frente, hoje para manter a tradição
prega paz as nações desta forma promove
atos ecumênicos. Sempre tenta provar que e a dona da verdade...disse Jesus
,conhecereis a verdade, e a verdade te libertará, Jo,8,32. Podemos concluir que
a verdade esta em Cristo, e verdade e Ele. Martinho Lutero foi um modelo para o
cristianismo de hoje, ele não aceitou os desmando da igreja de Roma poriso,
perseguiam e tiraram seu direito de ser
padre.
Ouve época que a igreja romana proibia a
leitura da bíblia, tinha medo que seus fieis descobrisse a verdade, parando-o de apoiar seus crimes e vam
ganância de ser a primeira das religiões. Sabemos que desde o principio da humanidade
houve religião. Roma, Egito ,Síria e babilônia forma pais que estiveram no
poder, e todos eles tem historias de religiões , de alguma forma seguiam alguma
coisa. Na verdade ninguém sabe quando surgiu a primeira religião profana, o
seja aquela que desmente a bíblia. A
igreja romana ela dês mente a bíblia por inteira...exemplo:
ü adorar
somente a Deus este e o primeiro mandamento
(Êx,20,3 Mt, 4,10 ) a igreja romana não
aceita este mandamento , ela tem seus próprios santos para adorar.
ü *não
se prostrar diante de imagem de escultura semelhante em cima dos céus...e
imagem de anjos, de Cristo- semelhante encima da terra... e imagem de pessoas
vivas papas, curandeiros cantores e etc- semelhante debaixo das águas...imagem
de pessoas quem morrem afogadas supostos deuses da água,sol lua estrelas etc. (Êx,20,4)
este e o segundo mandamento.a igreja romana fazem ao contrario.
Há um
só batismo,(Ef, 4,5) o que Cristo foi batizado mergulhado no rio Jordão (Mt 3,13 a17 ) a igreja romana batiza
com gotas da água o batismo e para remissão dos pecados, e o nascimento de uma
nova criatura (2Co 5,17 ) a igreja romana persisti em batizar criança
(Mt 19,14).criança tem pecados? Se tiver! Um bebe de um mês ou menos sabem o
que e arrepender? Há um so Deus, a igreja romana tem vários deuses
e deusas ( Ef 4,5 ). há um so mediador entre Deus e o homem ( 1ºTm 2,5 ) . Caro
amigo! não sei te falar ao certo quantos
mediadores a igreja romana tem, sei que são milhares, o maior deles e ave Maria.
A bíblia diz bem claro que o único mediador é Cristo homem. O homem decidi sua
vida em quanto for vivo, decidi se salvar ou não (Hb 9,27 ) a igreja romana
criou o purgatório e reza ao mortos para suas almas se salvar.se essa
hipocrisia fosse verdade para que valeu a morte de Cristo? Cristo morreu pelo nossos pecados não temos
que pagar por eles nem em vida e nem em morte.
A igreja romana usa os 66 cânon na versão
antônimo. Tudo que esta escrito fazem ao contrario mentem e enganam seus fieis
e nem muda de cara.... Ate as orações são falsificadas ( Mt 6,9 ) cristo nos ensinou a oração modelo todos os
clamores ao pai que esta no céu, não a terceiros como a igreja católica ensina,
usar de vans repetições , a igreja romana faz uma verdadeira ladainha de repetições
,e clamam por pessoas que já morreram tais com Maria mãe de Jesus e os
apóstolos que a própria Roma martirizou.
A bíblia e bem clara em dizer que o único foi
Jesus e quem merece todo hora e louvor è
só ele, o resto Carece da gloria de
Deus( Fp 2,9 ) podemos constatar que ate Maria mãe de Jesus carece da gloria
dele para se salvar.
Quando Lutero começou a descobrir a verdade
ele mudou seu conceito completamente, sua feição por Roma mudou Lutero agora se
rendeu ao evangelho verdadeiro de Cristo...depois que Deus abriu seus olhos
espirituais ele viu a falsidade da igreja romana... Lutero agora tentar mudar o
rumo do catolicismo romano, formando assim o que os cristãos chamam de a
REFORMA.
No decorrer das historias das religiões ouvem
varias tentativas de reforma todas elas frustradas, sempre que o movimentos dos
cristianismo crescia arrumava um jeitinho de destruir, acabar e matar: noite de
são Bartolomeu , primeira, segunda e terceira cruzadas e incêndio de Roma,
nesses episódios foram milhões de cristãos
que perdera sua vida por não aceitar as mentiras da igreja
romanas, Roma sempre esteve detrás das guerras mundial, narcismo contra homossexual,prostitutas,
judeus, negros, ciganos e contra o oriente médio, no passado procurava
exterminar-los.
Lutero
descobriu que Cristo não morreu por Roma
, mais pelo o mundo inteiro, e que todos poderia conquistar a salvação... e era
para quem estava em cristo e não na igreja.
Agora
Lutero sofre as conseqüência por não aceitar mais nos desmando papal e decidi
de uma vez por todas lutar pela a verdade. Não podemos concordar com esse
sistema religioso que visa ludibria a nossa fé, fazendo de tudo para ser a
única maneira de salvação. Não precisamos de um sistema para nos salvar.( jô
10, 9). Cristo é a porta não há outra, alguém quiser ser salvo e só por Cristo
e mais ninguém. No descobrimento do Brasil a igreja romana enviou padres
treinados para obrigar seguir seus ensinamentos mentirosos, temos documentos
que foram mutiladas e mortas por não aceitarem nas falsas doutrinas dos padres
jesuítas enviado por Roma.
O
surgimento dos luteranos está ligado aos inícios da Reforma. A idéia central da
Reforma é a convicção de que o ser humano não pode nem tem necessidade de
salvar-se por si mesmo. Antes, a
salvação é dada em Cristo "unicamente pela graça" e aceita "somente
pela fé".
Aparentemente sim esse pensamento,
biblicamente fundamentado, originou uma nova compreensão
da Igreja, do sacerdócio, dos sacramentos, da espiritualidade, da devoção, da
conduta moral (ética), do mundo, incluindo aí a economia, a educação e a
política. Há um nome indissoluvelmente ligado a essas idéias: Martinho Lutero!
Lutero
nasceu no dia 10 de novembro de 1483 em Eisleben, Alemanha. Preocupado com a
salvação, o jovem Martinho Lutero decidiu tornar-se monge. Durante seu estudo,
sempre o acompanhava a pergunta: "Como posso conseguir o amor e o perdão
de Deus?" Lutero foi descobrindo ao longo dos seus estudos que para ganhar
o perdão de Deus ninguém precisava castigar-se ou fazer boas obras, mas somente
ter fé em Deus. Com isso, ele não estava inventando uma doutrina, mas retomando
pensamentos bíblicos importantes que estavam à margem da vida da igreja naquele
momento.
Lutero
decidiu tornar públicas essas idéias e elaborou 95 teses, reunindo o mais
importante de sua (re)descoberta teológica, e fixou-as na porta da igreja do
castelo de Wittenberg, no dia 31 de outubro de 1517. Ele pretendia abrir um
debate para uma avaliação interna da Igreja, pois acreditava que a Igreja
precisava ser renovada a partir do Evangelho de Jesus Cristo.
Em
pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas
espalharam-se também pelo resto da Europa. Embora tivesse sido pressionado de
muitas formas - excomungado e cassado - para abandonar suas idéias e os seus
escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias atingiram rapidamente o
povo e essa divulgação foi facilitada pelo recém inventado sistema de impressão
de textos em série.
O
Movimento da Reforma espalhou-se pela Europa. Em 1530 os líderes protestantes
escreveram a "Confissão de Augsburgo",
resumindo os elementos doutrinários fundamentais do luteranismo. Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos,
Martinho Lutero faleceu. em 1555, o Imperador reconheceu que haviam duas
diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana.
Para
o esclarecimento do valor das indulgências - pelo Dr. Martin
Luther, 1517.
Por
amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em
Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de
Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela
localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes
e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes.
1
Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre
Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2
Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da
confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3
No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a
penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de
mortificação da carne.
4
Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a
verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5
O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs
por decisão própria ou dos cânones.
6
O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi
perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se
estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7
Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em
tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8
Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos
cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9
Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus
decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10
Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos
penitências canônicas para o purgatório.
11
Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece
ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12
Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição,
como verificação da verdadeira contrição.
13
Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis
canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14
Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande
temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15
Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para
produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do
desespero.
16
Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o
semidesespero e a segurança.
17
Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na
medida em que cresce o amor.
18
Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura,
que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19
Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de
sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte,
tenhamos plena certeza.
20
Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente
todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21
Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é
absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22
Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que,
segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23
Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente,
só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24
Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa
magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25
O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e
cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26
O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que
ele não tem), mas por meio de intercessão.
27
Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na
caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28
Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a
intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29
E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem
que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30
Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver
conseguido plena remissão.
31
Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências,
ou seja, é raríssimo.
32
Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se
julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33
Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa
aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com
Deus.
34
Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação
sacramental, determinadas por seres humanos.
35
Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles
que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36
Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de
pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37
Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos
os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de
indulgência.
38
Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser
desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39
Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao
mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40
A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das
indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41
Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o
povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42
Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de
indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de
misericórdia.
43
Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado,
procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44
Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao
passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da
pena.
45
Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar
com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar
aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é
necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com
indulgência.
47 Deve-se ensinar
aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar
aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita,
da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que
se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar
aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua
confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por
causa delas.
50 Deve-se ensinar
aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de
indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la
com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar
aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu
dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem
ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a
Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança
na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até
mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de
Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem
calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a
palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às
indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa
é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são
celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho
(que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos,
procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da
Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente
mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que
eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não
os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são
os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a
graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano
exterior.
59 S. Lourenço disse
que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a
palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade
que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito
de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro
que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é
suficiente.
62 O verdadeiro
tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro,
entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam
os últimos.
64 Em contrapartida,
o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos
últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os
tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens
possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das
indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos
homens.
67 As indulgências
apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser
entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na
verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a
piedade na cruz.
69 Os bispos e curas
têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências
apostólicas.
70 Têm, porém, a
obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os
ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar
do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e
maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito,
porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de
um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa,
com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o
comércio de indulgências,
74 muito mais deseja
fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa
caridade e verdade.
75 A opinião de que
as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem
mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é
loucura.
76 Afirmamos, pelo
contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos
pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que
nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores
graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao
contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais
sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1
Co 12.
79 É blasfêmia dizer
que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de
Cristo.
80 Terão que prestar
contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam
difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa
pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos,
defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas,
dos leigos.
82 Por exemplo: por
que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema
necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se
redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a
construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por
que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não
restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor
deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que
nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio
e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por
causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por
que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e
mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de
indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por
que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não
constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao
invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o
que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm
direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que
benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como
agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações
100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as
indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que
suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente
eficazes?
90 Reprimir esses
argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los
apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos
e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as
indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do
papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo
teriam surgido.
92 Fora, pois, com
todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que
haja paz!
93 Que prosperem
todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que
haja cruz!
94 Devem-se exortar
os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das
penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que
confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela
segurança da paz.
"Todo
aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de
meu Pai que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu
o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10,32s). Estas palavras
de Jesus nos dizem o que é uma confissão "confissão" é dizer sim ou
não para Jesus Cristo, tomar partido em favor de Jesus ou contra ele. Confissão
é discipulado. Uma tal confissão quer ser a Confissão de Augsburgo que, neste
ano de 1980, está comemorando 450 anos. Ela é, ao lado da Sagrada Escritura e
do Catecismo Menor de Martin Lutero, o documento básico, através do qual
expressamos o que Jesus Cristo é para nós. A Confissão de Augsburgo é também aquele
escrito que permitiu entre nós, aqui no Brasil, o surgimento da Igreja
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Éramos, originalmente, quatro
igrejas independentes (o Sínodo Riograndense, o Sínodo Evangélico de Santa
Catarina e Paraná, a Igreja Evangélica Luterana no Brasil e o Sínodo do Brasil
Central) que descobriram a sua unidade na Sagrada Escritura, no Catecismo Menor
de Lutero e na Confissão de Augsburgo. Desde 1949 nós confessamos a nossa fé em
Jesus, conjuntamente, através da Confissão de Augsburgo.
As
palavras da Confissão de Augsburgo foram escritas em uma situação bem especial.
Todos nós conhecemos a Martin Lutero e sabemos que por causa de uma descoberta
que ele fez, por volta de 1517, toda a situação religiosa na Alemanha ficou
bastante agitada. Lutero descobriu que Deus não é um Deus que quer que o homem
morra, mas viva! Deus não quer condenar, mas salvar o homem. Quando fez esta
descoberta, o reformador não ficou com isso para si. Ele a anunciou. Sua
descoberta se alastrou como pólvora por toda a Alemanha. Sempre que o Evangelho
se liberta, não há mais quem o segure. Ele tomou conta do apóstolo Paulo, de
Santo Agostinho, de Lutero e de milhares de contemporâneos de Lutero.
Onde
o Evangelho age, também surgem mudanças. E, na Alemanha começaram a ocorrer
mudanças. A partir do Evangelho se ia descobrindo novas realidades. Surgiu uma
nova concepção de igreja, de santo ceia, houve casamentos de pastores, monges
abandonavam conventos. Com isso ocorriam mudanças. A Alemanha se via dividida
em dois campos, os adeptos da velha e da nova fé. O culto passou a ser oficiado
em língua alemã, havia santa ceia sob duas espécies, comunidades escolhendo
seus pastores. O povo criava novos hinos, onde se cantava da liberdade trazida
por Deus em Cristo. Muitos cristãos, lendo a Bíblia e encontrando a proibição
de imagens, foram mais longe e começaram a destruir imagens, altares, etc.
Esta
liberdade significava perigo para os cristãos da nova fé. Desde o século VI, fé
católica e fidelidade ao Estado eram uma e a mesma coisa. Quem passava a
ensinar coisa diferente daquela que até agora fora ensinada, em questões de fé,
era herege e, ao mesmo tempo, traidor da pátria. Por algum tempo, porém,
puderam ocorrer mudanças no campo religioso, na Alemanha, porque o Imperador
Carlos V, o homem que tinha que zelar pela fidelidade política e religiosa,
estava empenhado em lutas com seus dois principais opositores: o Papa e o rei
da França. Em 1529 a coisa, porém, mudou. Neste ano Carlos V venceu a seus
opositores e anunciou, por carta, aos príncipes alemães a convocação de uma
Dieta, i.é., uma reunião dos representantes dos principados e cidades que
formavam o Império Alemão. Esta Dieta ocorreria na cidade de Augsburgo e
deveria iniciar a 8 de abril de 1530. O Imperador vinha disposto a
"reparar o ultraje que fora feito a Cristo". Na sua opinião as
mudanças feitas, a partir do Evangelho, pelos adeptos da nova fé, eram um
ultraje a Cristo. Atrasos na viagem do Imperador fizeram com que a Dieta só se
iniciasse em junho de 1530.
Quando
o príncipe eleitor da Saxônia, - território onde Lutero residia e que tinha na
cidade de Wittenberg sua capital, -recebeu a convocação para a Dieta, procurou
entrar em contato com seus partidários. Eram eles Felipe de Hesse, Ernesto de
Lüneburgo, Jorge de Ansbach, Henrique de Mecklenburgo e Wolfgang de Anhalt. Nas
cartas enviadas, João, o Constante, -é este o nome do príncipe eleitor da
Saxônia - procurou mover seus partidários a se fazerem presentes na Dieta, para
justos poderem difundir e defender a fé evangélica. As respostas não foram
muitas alentadoras, pois mostravam que não havia unanimidade de pensamento.
Enquanto alguns viam a importância da Dieta na defesa da "fé e do
sacramento", outros julgavam ser mais importante quebrar a hegemonia política
do Imperador. Também entre as cidades não havia unanimidade. Essa situação era
perigosa. Diante da inatividade de seus partidários, o príncipe eleitor
encarregou a Universidade de Wittenberg com a elaboração de um documento no
qual fosse responsabilizadas as mudanças havidas na Igreja em seu território.
Este documento recebeu o nome de "Artigos de Torgau".
Quando
se dirigiu para a Dieta de Augsburgo, o príncipe João, o Constante, levou
consigo, entre outros conselheiros, a Felipe Melanchthon, colaborador de Lutero
e professor na Universidade de Wittenberg. Lutero não pode ir junto por estar
banido. Como o Imperador tardasse em chegar a Augsburgo, João, o Constante,
encarregou Melanchthon de elaborar um novo escrito que abrangesse os Artigos de
Torgau e outros escritos anteriores. Este escrito nós conhecemos, hoje, sob o
nome de Confissão de Augsburgo. Em maio de 1530 o escrito foi enviado a Lutero
que a ele se referiu da seguinte maneira: "Eu li a apologia (defesa) de
Malanchthon, a qual me satisfaz e eu nada sei como melhorá-la ou modificá-la, o
que também não conviria, já que eu não consigo manifestar-me de modo tão manso
e suave. Cristo, nosso Senhor, ajude que ela traga grandes frutos, como nós
esperamos e pedimos."
Em
15 de junho de 1530 o Imperador entrou em Augsburgo. No dia seguinte era festa
de Corpus Christi. Os príncipes evangélicos negaram-se a obedecer a ordem do
Imperador de participar da procissão. Foi um ato de coragem, mas também de
perigosa desobediência. A chegada do Imperador fez com que os príncipes
evangélicos que ainda vacilavam em princípios de 1530, se unissem agora,
assumindo em conjunto o documento de Melanchthon.
Carlos
V quis que o documento fosse simplesmente entregue. Os príncipes, porém,
quiserem confessar sua fé publicamente e conseguiram que o documento fosse lido
perante toda a Dieta. Essa leitura ocorreu no dia 25 junho de 1530, às 15
horas. O texto foi lido em latim e em alemão. Após a leitura, o imperador
proibiu a divulgação do texto. Mas, em pouco tempo ele era divulgado em toda a
Alemanha. Ao saber do ocorrido, Lutero viu cumpridas as palavras do Salmo
119.46: "Falarei dos teus testemunhos na presença dos reis, e não me
envergonharei". A Confissão de Augsburgo é uma pública confissão de fé,
uma confissão do senhorio de Jesus Cristo. A confissão como tal foi apresentada
em hora de perigo. Ali, em Augsburgo, nossos pais luteranos fizeram uma pública
confissão de fé, de sua fé em Jesus Cristo.
O
Imperador não aceitou o documento, mas ele veio a ser a base para as igrejas luteranas
na Alemanha e, hoje, em todo o mundo, também aqui entre nós no Brasil. A
confissão de Augsburgo abrange ao todo 28 artigos que estão divididos em duas
partes. Na primeira parte deparamo-nos com "Artigos de fé e de
doutrina" (Artigos 1-21). Eles se ocupam com três questões básicas:
a.
Os artigos 1-3 pretendem demonstrar a concordância com a doutrina da Igreja
Antiga a respeito de Deus (1), origem do pecado (2) e cristologia (3).
b.
Nos artigos 4-6 e 18-20 é apresentada a compreensão reformatória do Evangelho:
Justificação (4), ministério da pregação (5) (seria mais correto se o artigo
fosse intitulado de "meditação do Espírito Santo, através de Palavra e
Sacramento"), nova obediência (6), livre arbítrio e origem do pecado
(18-19), fé e boas obras (20).
c.
Nos artigos 9-15 deparamo-nos com problemas relativos à Igreja: Conceito de
Igreja (7-8), sacramentos (9-13) (note-se que aqui a confissão e o
arrependimento estão incluídos entre os sacramentos, sem, no entanto, serem
declarados sacramentos), ordem e ritos eclesiásticos (14-15).
Além
dessas três questões básicas, encontramos ainda três questões específicas:
autoridades civis (16), segunda vinda de Cristo para juízo (17), culto aos
santos(21). Na segunda parte (artigos 22-28) deparamo-nos com "Artigos sobre
que há divergência e em que se trata dos abusos que foram corrigidos": Das
duas espécies do sacramento (22), Do matrimônio dos sacerdotes (23), Da Missa
(24),da Confissão (25), Da distinção de manjares (26), dos votos monásticos
(27), Do poder eclesiástico (28). No final são abordados sumariamente, temas
como indulgências, peregrinações, excomunhão, etc.
As
igrejas ensinam entre nós com magno consenso que o decreto do Concílio de
Nicéia sobre a unidade da essência divina e sobre as três pessoas é verdadeiro
e deve ser crido sem qualquer dúvida. A saber: que há uma só essência divina, a
qual é chamada Deus e é Deus, eterno, incorpóreo, impartível, de incomensurável
poder, sabedoria, bondade, criador e conservador de todas as coisas, visíveis e
invisíveis. E contudo há três pessoas, da mesma essência e poder, e co-eternas:
o Pai, o filho e o Espírito Santo. E a palavra "pessoa" usam-na no
sentido em que a usaram, nesta questão, os escritores eclesiásticos, para
significar não uma parte ou qualidade em outra coisa, mas aquilo que subsiste
por si mesmo.
Condenam
todas as heresias surgidas contra esse artigo, como por exemplo os maniqueus,
que punham dois princípios, um bom e um mau; também os valentinianos, arianos,
eunomianos, maometanos e todos os outros a eles semelhantes. Condenam,
outrossim, os samosatenos, antigos e novos, os quais, ao sustentarem que existe
apenas uma pessoa, retoricam astuta e impiamente sobre o Verbo e o Espírito
Santo, dizendo que não são pessoas distintas, porém que "Verbo"
significa palavra falada, e "Espírito", um movimento criado nas
coisas.
4.1 - Do Pecado Original
Ensinam
também que depois da queda de Adão (Gn3) todos os homens, propagados segundo a
natureza, nascem com pecado, isto é, sem temor de Deus, sem confiança em Deus,
e com concupiscência, e que essa enfermidade ou vício original verdadeiramente
é pecado, que condena e traz morte eterna ainda agora aos que não renascem pelo
batismo e pelo Espírito Santo.
Condenam
aos pelagianos e a outros que negam seja pecado o vício original e que,
diminuindo a glória do mérito e dos benefícios de Cristo, argumentam que o
homem pode ser justificado diante de Deus por forças próprias, da razão.
4.2 - Do Filho de Deus
Ensinam
outrossim que o Verbo, isto é, o Filho de Deus, assumiu a natureza humana no
seio da bem-aventurada Virgem Maria. De sorte que há duas naturezas, a divina e
a humana, inseparavelmente conjungidas na unidade da pessoa, um só Cristo,
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que, nascido da Virgem Maria,
veramente sofreu, foi crucificado, morreu e foi sepultado, a fim de
reconciliar-nos com o Pai e ser um sacrifício, não só pela culpa original, mas
ainda por todos os pecados atuais dos homens. Também desceu ao inferno e
verdadeiramente ressuscitou no terceiro dia. Depois voltou ao céu, perpetuamente reinar e dominar sobre todas as
criaturas, e santificar os que nele crêem, pelo envio, aos seus corações, do
Espírito Santo, que os reja, console, vivifique, e os defenda contra o diabo e
o poder do pecado. O mesmo Cristo voltará visivelmente, a fim de julgar os
vivos e os mortos, etc., de acordo com o Símbolo dos Apóstolos.
4.3 - Da Justificação
Ensinam
também que os homens não podem ser justificados diante de Deus por forças,
méritos ou obras próprias, senão que são justificados gratuitamente, por causa
de Cristo, mediante a fé, quando crêem que são recebidos na graça e que seus
pecados são remitidos por causa de Cristo, o qual através de sua morte fez
satisfação pelos nossos pecados. Essa fé atribui-a Deus como justiça aos seus
olhos. Rm 3 e 4. (Especialmente 3, 21ss e 4,5)
4.4 - Do Ministério
Eclesiástico
Para
que alcancemos essa fé, foi instituído o ministério que ensina o evangelho e
administra os sacramentos. Pois mediante a palavra e pelos sacramentos, como
por instrumentos, é dado o Espírito Santo, que opera a fé, onde e quando agrada
a Deus, naqueles que ouvem o evangelho. Isto é, que Deus, não em virtude de
méritos nossos, mas por causa de Cristo justifica os que crêem serem recebidos
na graça por amor de Cristo. Gl3: "a fim de que recebêssemos pela fé a
promessa do Espírito".
Condenam
aos anabatistas e a outros que pensam vir o Espírito Santo aos homens sem a
palavra externa, através de suas próprias preparações e obras.
4.5 - Da Nova Obediência
Ensinam
também que aquela fé deve produzir bons frutos e que é necessário se façam as
boas obras ordenadas por Deus, por causa da vontade de Deus, não para
confiarmos que merecemos por essas obras a justificação diante de Deus. Pois a
remissão dos pecados e a justificação são apreendidas pela fé, como também
testifica a palavra de Cristo: "Quando tiverdes feito tudo isso, dizei:
Somos servos inúteis." A mesma coisa ensinam também os antigos escritores
eclesiásticos. Pois Ambrósio diz: "Foi estabelecido por Deus que quem crê
em Cristo é salvo sem obra, pela fé somente, recebendo a remissão dos pecados
de graça."
4.6 - Da Igreja
Ensinam
outrossim que sempre permanecerá uma santa igreja. E a igreja é a congregação
dos santos na qual o evangelho é pregado de maneira pura e os sacramentos são
administrados corretamente. E para a verdadeira unidade da igreja basta que
haja acordo quanto à doutrina do evangelho e à administração dos sacramentos.
Não é necessário que as tradições humanas ou os ritos e cerimônias instituídos
pelos homens sejam semelhantes em toda a parte. Como diz Paulo: "Uma só
fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos", etc. (Ef4,4s.)
4.7 - Que é a Igreja?
Ainda
que a igreja, propriamente, é a congregação dos santos e verdadeiramente
crentes, contudo, visto que nesta vida muitos hipócritas e maus lhe estão
misturados, pode fazer-se uso dos sacramentos administrados por maus, segundo a
palavra de Cristo: "Na cadeira de Moisés estão sentados os escribas e os
fariseus," etc. Tanto os sacramentos quanto a palavra são eficazes por
causa da ordenação e do mandado de Cristo, mesmo quando administrados por maus.
Condenam
os donatistas e outros a eles semelhantes, os quais negavam fosse lícito fazer
uso do ministério de maus na igreja e julgavam que o ministério dos maus era
inútil e ineficaz.
4.7.1 - Do Batismo
Do
batismo ensinam que é necessário para a salvação, que pelo batismo é oferecida
a graça de Deus, e que devem ser batizadas as crianças, as quais, oferecidas a
Deus pelo batismo, são recebidas na graça de Deus. Condenam os anabatistas, que
desaprovam o batismo infantil e afirmam que as crianças são salvas sem o
batismo.
4.7.2 - Da Ceia do Senhor
Da
ceia do Senhor ensinam que o corpo e sangue de Cristo estão verdadeiramente
presentes e são distribuídos aos que comungam na ceia do Senhor. E desaprovam
os que ensinam de maneira diferente.
4.7.3 - Da Confissão
Da
confissão ensinam que a absolvição particular deve ser mantida nas igrejas,
ainda que na confissão não é necessária a enumeração de todos os delitos, pois
tal é impossível, segundo o Salmo: "Os delitos, quem os discerne?"
(Sl19,12)
4.7.4 - Do Arrependimento
Do
arrependimento ensinam que os caídos depois do batismo podem alcançar a
remissão dos pecados a qualquer tempo, quando se convertem, e que a igreja deve
conceder a absolvição a tais que voltam ao arrependimento. Mas o arrependimento
consiste, propriamente, nas duas partes seguintes: uma é a contrição, ou os
terrores metidos na consciência pelo reconhecimento do pecado; a outra é a fé,
que nasce do evangelho, ou absolvição, e crê que os pecados são perdoados por
causa de Cristo, consola a consciência e libera dos terrores. Depois devem
seguir-se boas obras, que são os frutos do arrependimento.
Condenam
os anabatistas, que negam possam perder o Espírito Santo os que já uma vez
foram justificados; também os que argumentam chegarem alguns, nesta vida, a
perfeição tal, que não podem pecar. São condenados outrossim os novacianos, que
não queriam absolver os que, caídos depois do batismo, retornaram à penitência.
Rejeitam-se ainda os que não ensinam
alcançar-se a remissão dos pecados pela fé, ordenando-nos, ao contrário, que
mereçamos a graça mediante satisfações nossas.
4.7.5 - Do Uso dos
Sacramentos
Do
uso dos sacramentos ensinam que os sacramentos foram instituídos não apenas
para serem notas de profissão entre os homens, porém, mais, a fim de serem
sinais e testemunhos da vontade de Deus para conosco, propostos para despertar
e confirmar a fé nos que deles fazem uso. Os sacramentos, por isso, devem ser
usados de modo que se junte a fé, a qual crê nas promessas que são oferecidas e
mostradas pelos sacramentos.
4.7.6 - Da Ordem
Eclesiástica
Da
ordem eclesiástica ensinam que ninguém deve publicamente ensinar na igreja ou
administrar os sacramentos a menos que seja legitimamente chamado.
4.7.7 - Dos Ritos
Eclesiásticos
Dos
ritos eclesiásticos ensinam que devem ser conservados aqueles usos que podem
ser conservados sem pecado e são úteis à tranqüilidade e à boa ordem na igreja,
tais como certos feriados, festas e coisas semelhantes. Com respeito a tais
coisas, entretanto, admoestam-se os homens que não se onerem as consciências,
como se tal culto fosse necessário à salvação.
Também
se admoestam os homens que tradições humanas instituídas para tornar a Deus
propício, merecer a graça e satisfazer pelos pecados adversam o evangelho e a
doutrina da fé. Razão por que votos e tradições concernentes a comidas, dias,
etc. Instituídos com a finalidade de merecerem a graça e satisfazerem pelos
pecados, são inúteis e contrários ao evangelho.
4.7.8 - Das Coisas Civis
Das
coisas civis ensinam que ordenações civis legítimas são boas obras de Deus e
que é lícito aos cristãos exercer ofícios civis, ser juízes, julgar segundo as
leis imperiais e outras leis vigentes, impor penas segundo o direito, fazer,
segundo o direito, guerra, prestar serviço militar, fazer contratos legais,
possuir propriedade, jurar por ordem dos magistrados, ter esposa, casar-se.
Condenam
os anabatistas, que interdizem essas coisas civis aos cristãos. Também condenam
os que põem a perfeição evangélica não no temor de Deus e na fé, porém na fuga
aos negócios civis. Porque o evangelho ensina a justiça eterna do coração. Entrementes, não destrói a ordem estatal ou
familiar, senão que exige muitíssimo que sejam preservadas como ordenações de
Deus, e que se exerça, em tais ordenações, o amor. Por isso os cristãos devem
necessariamente obedecer aos seus magistrados a às leis, a menos que exijam se
peque, pois neste caso devem obedecer mais a Deus do que a homens. Atos 5.
4.7.9 - Da Volta de Cristo
para o Juízo
Ensinam,
outrossim, que na consumação do mundo Cristo aparecerá para o juízo e
ressuscitará todos os mortos. Aos piedosos e eleitos dará a vida eterna e
perpétuas alegrias; mas aos homens ímpios e aos diabos condenará, para serem
atormentados sem fim. Condenam os anabatistas, os quais pensam que os castigos
dos homens condenados e dos diabos terá um fim. Condenam também os outros, que
agora difundem opiniões judaicas: que antes da ressurreição dos mortos os piedosos
tomarão posse do reino do mundo, sendo os ímpios subjugados em toda a parte.
4.7.10 - Do Livre Arbítrio
Sobre
o livre arbítrio ensinam que a vontade humana tem certa liberdade para operar
justiça civil e escolher entre as coisas sujeitas à razão. Não tem, entretanto,
a força para operar, sem o Espírito Santo, a justiça de Deus, ou a justiça
espiritual, porque o homem natural não compreende as coisas do Espírito de
Deus. Essa justiça, porém, se realiza nos corações quando, pela palavra, é
recebido o Espírito Santo. É o que diz, em outras tantas palavras, Agostinho,
no Livro III do Hypognosticon: "Concedemos que todos os homens têm livre
arbítrio, que inclui o juízo racional, não, porém, no sentido de que seja
capaz, nas coisas que dizem respeito a Deus, a começá-las sem Deus ou
seguramente completá-las, mas tão-somente nas obras desta vida, quer boas, quer
más. Por obras boas entendo as que se originam do bem natural, isto é, querer
trabalhar no campo, querer comer e beber, querer ter um amigo, querer possuir
vestimenta, querer construir uma casa, querer esposa, criar gado, aprender algo
de apreciável em diversas artes boas, querer o que quer de bom pertencente a
esta vida. Tudo isso não subsiste sem o governo de Deus. Na verdade, dele e por
ele são e principiaram a ser. Por obras más entendo coisas tais como querer
render culto a um ídolo, querer cometer homicídio", etc.
4.7.11 - Da Causa do Pecado
Da
causa do pecado ensinam que, conquanto Deus cria e conserva a natureza, contudo
a causa do pecado é a vontade dos maus, a saber, do diabo e dos ímpios. A
vontade, quando não auxiliada por Deus, desvia-se de Deus, conforme diz Cristo,
em João 8: "Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio".
4.7.12 - Da Fé e das Boas
obras
Os
nossos são acusados falsamente de proibirem as boas obras. Pois os seus
escritos publicados sobre os Dez Mandamentos, e outros de conteúdo semelhante,
atestam que têm ensinado, proveitosamente, sobre todos os gêneros e deveres da
vida, indicando que formas de vida e obras, em qualquer vocação, agradam a
Deus. Pouco ensinavam, antigamente, os pregadores a respeito dessas coisas.
Insistiam apenas em obras pueris e desnecessárias, tais como guardar certos
dias feriados, determinados jejuns, fraternidades, peregrinações, culto de
santos, rosários, monasticismo e coisas semelhantes. Os nossos adversários,
admoestados a respeito, já abandonam essas coisas, nem pregam sobre essas
coisas inúteis da forma em que o faziam anteriormente. Até começam a mencionar
a fé, sobre a qual outrora havia estranho silêncio. Ensinam que somos
justificados não por obras somente, porém unem fé e obras, e dizem que somos
justificados pela fé e pelas obras. Essa doutrina é mais tolerável do que a anterior,
e pode trazer mais consolação que sua doutrina antiga.
Como,
pois, a doutrina da fé, que deve ser a principal na igreja, por tempo tão longo
jazeu ignorada - sobre a justiça da fé, conforme todos devem reconhecer, houve
o mais profundo silêncio nos sermões, havendo-se tratado na igreja apenas da
doutrina das obras-, os nossos instruíram as igrejas da seguinte maneira sobre
a fé:
Em
primeiro lugar, que as nossas obras não podem reconciliar a Deus ou merecer a
remissão dos pecados e a graça. Conseguimos isso, ao contrário, somente pela
fé, quando cremos que somos recebidos na graça por causa de Cristo, o qual, ele
só, foi posto como mediador e propiciação. Por ele o Pai é reconciliado.
Aquele, pois, que confia merecer graça por obras, despreza o mérito e a graça
de Cristo, e procura o caminho a Deus sem Cristo, através da força humanas,
quando Cristo disse a respeito de si: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida."
Essa
doutrina da fé é tratada em toda a parte em Paulo. Assim, em Efésios 2:
"Pela graça fostes salvos, mediante a fé, e isso não vem das obras",
etc. E para não acontecer que alguém sofisme dizendo que inventamos nova
interpretação de Paulo, note-se que toda essa questão tem testemunhos dos Pais.
Agostinho, em muitos volumes, defende a graça e a justiça da fé contra os
méritos das obras. E de modo semelhante ensina Ambrósio no De vocatione gentium
e em outros lugares. No De vocatione gentium diz assim: "Sem valor
tornar-se-ia a redenção pelo sangue de Cristo, nem ficaria abaixo da misericórdia
de Deus a primazia das obras dos homens, se a justificação, que se dá pela
graça, fosse devida a méritos precedentes, de modo que não seria presente do
doador, porém salário daquele que trabalha".
Ainda
que essa doutrina seja desprezada pelos inexperientes, todavia, consciências
piedosas e pávidas experimentam que ela traz muitíssimo consolo, porque as
consciências não podem ser tranqüilizadas por qualquer obra, mas tão-somente
pela fé, quando estão certas de que por causa de Cristo têm um Deus reconciliado,
conforme ensina Paulo, em Romanos 5 (v. 1): "Justificados mediante a fé,
temos paz com Deus." Toda essa doutrina deve ser referida àquele conflito
da consciência aterrorizada. E sem essa luta nem se pode entendê-la. Razão por
que são maus juízes nessa matéria homens inexperimentados e profanos, os quais
sonham que a justiça cristã outra coisa não é senão justiça civil ou
filosófica.
Anteriormente
vexavam-se as consciências com a doutrina das obras. Não ouviam o consolo do
evangelho. A alguns a consciência impediu ao deserto, a mosteiros, esperando
que aí haveriam de merecer a graça pela vida monástica. Outros inventavam
outras obras para merecer a graça e satisfazer pelos pecados. Por isso foi
muito necessário anunciar e renovar essa doutrina da fé em Cristo, a fim de que
às consciências assombradas não faltasse o consolo, mas soubessem que pela fé
em Cristo são apreendidas a graça e a remissão dos pecados.
Os
homens também são advertidos de que aqui a palavra "fé’ não significa
apenas conhecimento histórico, tal como existe nos ímpios e no diabo.
Significa, porém, fé que não crê unicamente na história, mas também no efeito
do que aconteceu, a saber, neste artigo: a remissão dos pecados, isto é, que
por Cristo temos graça, justiça e remissão dos pecados.
Agora,
quem sabe que por Cristo tem um Pai propício, este verdadeiramente conhece a
Deus, sabe que Deus tem cuidado dele, o invoca, em suma, não está sem Deus,
como os gentios. Pois os demônios e os ímpios não podem crer nesse artigo da
remissão dos pecados. Por isso odeiam a Deus como a inimigo, não o invocam,
nada de bom dele esperam. Também Agostinho adverte o leitor dessa maneira
quanto à palavra "fé", e ensina que nas Escrituras não se entende o
termo "fé", no sentido de "conhecimento", tal como existe
nos ímpios, mas no sentido de "confiança" que consola e erige as
mentes aterrorizadas.
Ensinam
os nossos, além disso, que é necessário praticar boas obras, não para
confiarmos que através disso merecemos graça, mas porque é a vontade de Deus.
Somente pela fé são apreendidas a remissão dos pecados e a graça. E visto
receber-se pela fé o Espírito Santo, imediatamente se renovam os corações e
recebem novos afetos, por forma que podem produzir boas obras. Pois é assim que
diz Ambrósio: "A fé é a mãe da vontade boa e da ação justa." Pois sem
o Espírito Santo as forças humanas estão cheias de afetos ímpios, e são muitos
fracas para efetuar obras boas aos olhos de Deus. Além disso, estão no poder do
diabo, que impele os homens a multiformes pecados, a opiniões ímpias, a
manifestos crimes. É o que se pode ver nos filósofos, que, embora hajam tentado
viver vida honesta, contudo não lograram fazê-lo, porém se contaminaram com
muitos crimes manifestos. Tal é a fragilidade do homem quando está sem fé e sem
o Espírito Santo e se governa apenas com forças humanas.
Facilmente
se vê daí que essa doutrina não deve ser acusada de proibir boas obras, senão
que muito antes se deve louvá-la, porque mostra como podemos fazer boas obras.
Pois sem a fé a natureza humana de modo nenhum pode fazer as obras do primeiro
e segundo mandamentos. Sem a fé não invoca a Deus, nada espera de Deus, não
carrega a cruz, mas busca auxílio humano e nele confia. Assim sendo, quando
falta a fé e a confiança em Deus, todas as cobiças e conselhos humanos reinam
no coração. Razão por que também Cristo disse: "Sem mim nada podeis
fazer" João 15 (v. 5). E a igreja canta: Sem o teu poder Nada há no homem,
Nada há de puro.
4.7.13 - Do culto aos Santos
Do
culto aos santos ensinam que se pode lembrar a memória dos santos, a fim de
lhes imitarmos a fé e as obras de acordo com a vocação, assim como o Imperador
pode imitar o exemplo de Davi em fazer guerra, para impedir que os turcos
invadam a pátria. Pois um e outro são reis. A Escritura, porém, não ensina que
invoquemos os santos ou peçamos auxílio deles, porque nos propõe um só, Cristo,
como mediador, propiciador, sumo sacerdote e intercessor. É a ele que se deve
invocar, e ele prometeu que haveria de ouvir as nossas preces. E esse culto
aprova-o muitíssimo, a saber, que seja invocado em todas as aflições. 1João 2
(v. 1): "Se alguém pecar, temos Advogado junto a Deus," etc.
Esta
é, mais ou menos, a suma da doutrina entre nós. Pode-se ver que nela nada
existe que divirja das Escrituras, ou da igreja católica, ou da Igreja Romana,
até onde nos é conhecida dos escritores. Assim sendo, julgam duramente os que
requerem sejam os nossos tidos por hereges. A dissensão toda diz respeito a
alguns poucos abusos, que se infiltraram nas igrejas sem autoridade certa. E
mesmo nessas coisas, suposto haja alguma discrepância, convinha, todavia,
tivessem os bispos clemência bastante para tolerar os nossos em virtude da
confissão que agora apresentamos. Porque nem mesmo os cânones são tão duros, a
ponto de exigirem que os ritos sejam os mesmos em toda a parte. E jamais foram
similares os ritos de todas as igrejas, ainda que entre nós os ritos antigos em
grande parte são diligentemente observados. Pois é falso e calúnia isso de que
todas as cerimônias, todas as instituições antigas sejam abolidas em nossas
igrejas. Mas houve queixa pública de que certos abusos ineriam aos ritos
populares. Esses, porque não podiam ser aprovados de boa consciência, foram
corrigidos em certa medida.
4.7.14 - Artigos Em Que Se
Recenseiam Os Abusos Mudados
Visto
as igrejas entre nós não dissentirem da igreja católica em nenhum artigo de fé,
abandonando apenas uns poucos abusos que são novos e foram aceitos contra a
intenção dos cânones, por defeito dos tempos, rogamos que a Majestade Imperial
ouça com clemência tanto o que foi mudado, como quais foram as razões, a fim de
que não se coaja o povo a observar aqueles abusos contra a consciência. E não
dê a Majestade Imperial crédito àqueles que, para inflamar o ódio dos homens
contra os nossos, disseminam espantosas calúnias entre o povo. Irritando, dessa
maneira, no início, o ânimo de homem de bem, deram ocasião a essa controvérsia,
e agora, com a mesma arte, procuram aumentar a discórdia. Ora, a Majestade
Imperial sem dúvida há de certificar-se de que a forma da doutrina e das
cerimônias entre nós é mais tolerável do que a que homens iníquos e malévolos
descrevem. E não se pode coligir a verdade a partir dos rumores vulgares ou das
maledicências de inimigos. Fácil é, porém, julgar que nada contribui mais para
a conservação da dignidade das cerimônias e o crescimento da reverência e da
piedade no povo do que a correta observância das cerimônias nas igrejas.
4.7.15 - Das Duas Espécies
Na
ceia do Senhor dão-se aos leigos as duas espécies do sacramento, porque este
uso tem mandamento do Senhor. Mt 26(v. 27): "Bebei dele todos". Aqui
Cristo manifestamente preceituou, a respeito do cálice, que todos bebam.
E
para evitar que alguém pudesse cavilar dizendo que isto se refere apenas aos
sacerdotes, Paulo, em Coríntios (1Co11, 20ss), cita um exemplo do qual se torna
evidente que a igreja toda fez uso de ambas as espécies. E por longo tempo
continuou esse uso na igreja, não se sabendo quando ou por quem foi
primeiramente mudado, ainda que o cardeal Cusano indica quando foi aprovado.
Cipriano (+258) testifica, em vários lugares, que o sangue foi dado ao povo.
Testifica a mesma coisa Jerônimo (340/50-420), o qual diz: "Os sacerdotes
administram a eucaristia e distribuem o sangue de Cristo ao povo". Na
verdade, o papa Gelásio (492-496) ordena que não se divida o sacramento Dist.2
de consecratione, capítulo Comperimus. Apenas um costume que não é lá muito
antigo procede de maneira diferente. É certo, entretanto, que um costume
introduzido contrariamente aos preceitos de Deus não deve ser aprovado,
conforme testificam os cânones, Dist 8, c. Veritate e seguintes. Mas esse
costume foi recebido não só contra a Escritura, senão também contra os cânones
antigos e o exemplo da igreja. Razão por que ninguém que haja preferido receber
o sacramento sob ambas as espécies devera ter sido coagido a fazê-lo de outra
maneira, com ofensa à consciência. E visto a divisão do sacramento não acordar
com a instituição de Cristo, é costume entre nós omitir a procissão que até
agora tem estado em uso.
4.7. 16 -Do Matrimônio dos
Sacerdotes
Houve
queixa pública sobre o mau exemplo de sacerdotes que não eram continentes.
Informa-se por isso também o papa Pio teria dito que houvera algumas razões por
que os sacerdotes foram privados do matrimônio, mas que havia razões de muito
mais peso por que se deveria restituir-lho. É assim que escreve Platina. Como,
pois, os sacerdotes entre nós queriam evitar aqueles escândalos públicos,
casaram e ensinaram que lhes era lícito contrair matrimônio. Em primeiro lugar,
porque Paulo diz: "Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria
esposa." (1co 7,2) Também: "É melhor casar do que viver
abrasado." (1Co 7,9) Em segundo lugar, Cristo diz: "Nem todos são
aptos para receber este conceito." (Mt 19,11) Com isso ensina que nem
todos os homens são idôneos para o celibato, porque Deus criou o homem para a
procriação Gn 1 (v.17). Nem está no poder do homem modificar a criação sem
singular dom e obra de Deus. Por isso, aqueles que não são idôneos para o
celibato, devem contrair matrimônio. Pois nenhuma lei humana, nenhum voto podem
anular um mandamento de Deus e uma ordenação de Deus. Por essas razões os
sacerdotes ensinam que lhes é lícito casar.
Consta
que também na igreja os sacerdotes eram homens casados. Pois também Paulo diz
que se deve eleger para bispo alguém que esteja casado. E na Alemanha os
sacerdotes coagidos pela força ao celibato pela primeira vez há mais de
quatrocentos anos. Tanto, porém, resistiram, que o arcebispo de Mogúncia,
quando anunciou que publicaria o edito do Romano Pontífice sobre essa questão,
quase foi morto num tumulto pelos sacerdotes enfurecidos. E a coisa foi
executada de maneira tão rude, que não apenas foram proibidos casamentos
futuros, senão ainda dissolvidos, contra todo direito divino e humano, contra
os próprios cânones, feitos não só pelos pontífices, mas pelos mais celebrados
concílios, casamentos já existentes.
E,
visto que nesse mundo senescente a natureza humana, a pouco e pouco, se torna
mais frágil, importa se providencie para evitar que mais vícios penetrem
furtivamente na Alemanha. Além disso, Deus instituiu o matrimônio para que
fosse remédio da fraqueza humana. Os próprios cânones dizem que, de vez em
quando, o rigor antigo deve ser relaxado em tempos ulteriores, por causa da
fragilidade dos homens. É de se desejar que tal se faça também nessa questão.
Parece também que as igrejas algum dia estarão sem pastores se o casamento
ficar proibido por mais tempo.
Visto,
pois, existir o mandamento de Deus, visto ser conhecido o costume da igreja,
visto um celibato impuro produzir muitos escândalos, adultérios e outros crimes
dignos de castigo da parte de bons magistrados, é estranhável o fato de em
coisa nenhuma se exercer mais crueldade do que contra o matrimônio de
sacerdotes. Deus ordenou que se honrasse o matrimônio; as leis de todos os
estados bem constituídos, mesmo entre os gentios, o adornaram com as mais
elevadas honras. Mas agora homens são torturados com penas capitais, até mesmo
sacerdotes, contrariamente à intenção dos cânones, por nenhum outro motivo
senão o casamento. Doutrina de demônios chama Paulo a que proíbe o casamento
1Tm 4 (v. 1.3). Facilmente se pode entender isso agora, quando a proibição do
casamento é mantida com tais penalidades.
Todavia,
assim como nenhuma lei humana pode anular um mandamento de Deus, da mesma forma
também um voto não pode anular o preceito divino. Assim também Cipriano
aconselha se casem as mulheres que não guardam a castidade prometida. Suas
palavras, no primeiro livro de suas cartas, epístola 11, são as seguintes:
"Se, porém, não querem ou não podem perseverar, é melhor que casem do que
caírem no fogo por sua volúpia; certamente não devem causar nenhum escândalo a
seus irmãos ou irmãs." E os cânones usam de certa eqüidade para com os que
fizeram voto antes da idade justa, conforme até agora geralmente se costumou
fazer.
4.7.17 - Da Missa
Nossas
igrejas são acusadas falsamente de abolirem a missa. Pois a missa é mantida
entre nós e celebrada com a máxima reverência. Também são conservadas quase
todas as costumeiras cerimônias. Apenas são intercalados, aqui e acolá, entre
os hinos latinos, hinos alemães, adicionados para ensinar o povo. Pois
cerimônias são necessárias principalmente para ensinar os imperitos. E Paulo
ordenou que na igreja se faça uso da língua compreendida pelo povo.
Acostumou-se o povo a receber o sacramento em conjunto, sempre que haja pessoas
preparadas. Também isso aumenta a reverência e a devoção das cerimônias
públicas. Pois ninguém é admitido a menos que antes seja examinado e ouvido.
Advertem-se também as pessoas sobre a dignidade e o uso do sacramento, e o
grande consolo que leva a consciências assombradas, a fim de aprenderem a crer
em Deus e de Deus esperarem e lhe pedirem tudo o que é bom. Esse culto é
agradável a Deus, tal uso do sacramento alimenta o amor a Deus. Não parece, por
conseguinte, que a missa é celebrada entre os adversários com mais devoção que
entre nós.
Consta,
entretanto, que durante muito tempo houve, da parte de todos os homens de bem,
queixa públicas e muitíssimo séria também a este respeito: que as missas eram
torpemente profanadas, postas a serviço da obtenção de dinheiro. E não é
segredo a extensão que esse abuso assumiu em todos os templos, por que espécie
de pessoas missas são celebradas apenas por causa do pagamento ou doações,
quantos celebram contrariamente à proibição dos cânones. Mas Paulo ameaça
gravemente aos que tratam a missa de forma indigna ao dizer: "Aquele que
comer este pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e
do sangue do Senhor." (1Co11,27). Quando, em vista disso, os nossos
sacerdotes foram admoestados a respeito desse pecado, terminaram entre nós as
missas privadas, já que não se celebravam quase nenhuma missas particulares que
não fosse rezadas por causa de ganho.
E os
bispos não desconheciam essas abusos. Se os tivessem corrigido em tempo,
haveria menos dissensão agora. Anteriormente permitiram, com sua dissimulação,
que muitos vícios se infiltrassem na igreja, quando é tarde, começam a lamuriar
obre as calamidades da igreja. Acontece, porém que o presente tumulto não se
originou em outra coisa senão naqueles abusos, os quais eram tão manifestos,
que não se podia tolerá-los por mais tempo. Surgiram grandes dissensões sobre a
missa, sobre o sacramento. Talvez o mundo deva sofrer por profanação tão longa
da missa, profanação que toleraram na igreja, por tantos séculos, aqueles que a
poderiam e deveriam ter corrigido. Pois no Decálogo está escrito: "Quem
tomar o nome de Deus em vão, não ficará impune". (Ex 20,7). Ora, desde o
princípio do mundo nenhuma coisa divina jamais parece ter sido mal-usada com
fins de ganho de tal maneira como a missa.
Acrescentou-se
uma opinião que multiplicou as missas particulares ao infinito, a saber, que
Cristo, com sua paixão, fizera satisfação pelo pecado original e instituíra a
missa, na qual se faria oblação pelos pecados cotidianos, os mortais e os
veniais. Daí surgiu a opinião pública de que a missa é obra que apaga os
pecados dos vivos e dos mortos em virtude da obra realizada. Assim se começou a
discutir sobre se uma missa, rezada por muitos, valia tanto quanto a missa particular
rezada por indivíduos. Esse debate gerou aquela quantidade infinita de missas.
Com
respeito a essas opiniões os nossos advertiram que elas dissentem das Sagradas
Escrituras e lesam a glória da paixão de Cristo. Pois a paixão de Cristo foi
oblação e satisfação não só pela culpa original, mas ainda pelos demais
pecados, conforme está escrito na Epístola aos Hebreus: "Temos sido
santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por
todas". (Hb 10,10) Da mesma forma: "Com uma única oferta aperfeiçoou
para sempre quantos estão sendo santificados." (Hb 10,14)
Ensina
também a Escritura que somos justificados diante de Deus pela fé em Cristo.
Agora, se a missa tira os pecados dos vivos e dos mortos pela obra realizada,
então se alcança a justificação da obra da missa, não da fé, o que a Escritura
não tolera. O que acontece é que Cristo ordena o façamos em memória dele. Razão
por que a missa foi instituída com a finalidade de a fé, naqueles que fazem uso
do sacramento, recordar quais os benefícios recebidos mediante Cristo, e erguer
e consolar a consciência apavorada. Pois recordar a Cristo é recordar os
benefícios e sentir que verdadeiramente são oferecidos a nós. E não basta
recordar a história, porque isso também o podem recordar os judeus e os ímpios.
A missa, portanto, deve realizar-se a fim de nela ser administrado o sacramento
àqueles que necessitam de consolo, como diz Ambrósio: "Visto que sempre
peco, sempre devo tomar remédio."
Como,
pois, a missa é tal comunhão do sacramento, conserva-se entre nós uma só missa
comum para cada dia santo e também para outros dias. Se alguns querem receber o
sacramento, administra-se o sacramento aos que o pedem. E esse costume não é
novo na igreja. Pois os antigos, de antes de Gregório, não fazem menção de
missa privada. Da missa comum falam muitas vezes. Diz Crisóstomo (354-407):
"Diariamente o sacerdote está junto ao altar, e a alguns chama à comunhão,
a outros recusa". E dos cânones antigos se vê que uma só pessoa celebrava
a missa, e dela os demais presbíteros e diáconos recebiam o corpo do Senhor.
Pois é assim que rezam as palavras do cânone niceno (325): "Os diáconos,
segundo a ordem, recebam, do bispo ou do presbítero, a sagrada comunhão, depois
dos presbíteros". E Paulo ordena, com respeito à comunhão, que uns esperem
pelos outros, a fim de que a participação seja comum. (1 Co 11,21)
Visto,
pois, que à luz da Escritura e dos Pais, a missa, entre nós, tem o exemplo da
igreja, confiamos que não pode ser desaprovada, especialmente tendo em vista
que são conservadas cerimônias públicas em sua maior parte semelhantes às
usuais. Apenas é dessemelhante o número de missas. Quantos a ele, por causa dos
mui grandes e manifestos abusos, certamente seria vantajosos moderá-lo. Pois
antigamente, onde quer que fosse, não se rezava missa diariamente nem mesmo nas
igrejas mais freqüentadas, conforme atesta a História Tripartida, no livro
nono: "Por outro lado, contudo, em Alexandria é às quartas e sextas-feiras
que as Escrituras são lidas e os doutores as interpretam e faz-se tudo sem o
solene costume do sacrifício".
4.7.18 - Da Confissão
A
confissão não está abolida em nossas igrejas. Pois não se costuma dar o corpo
do Senhor a não ser àqueles que previamente foram examinados e absolvidos. E o
povo é instruído diligentissimamente sobre a fé na absolvição, a respeito da
qual antes de nossos tempos houve profundo silêncio. Ensina-se aos homens que
tenham a absolvição em alto apreço, porque é a voz de Deus e é pronunciada por
ordem de Deus. Louva-se o poder das chaves e lembra-se quão grande conforto
leva às consciências aterrorizadas, e que Deus requer a fé para que creiamos
nessa absolvição como sua voz que soa do céu, e que essa fé verdadeiramente
alcança e recebe a remissão dos pecados. Em tempos anteriores, as satisfações
foram postas em evidência imoderadamente. Menção nenhuma se fazia da fé, e do
mérito de cristo, e da justiça da fé. Razão por que nessa questão nenhuma culpa
se deve dar a nossas igrejas. Pois até os nossos adversários reconhecem que a
doutrina do arrependimento é tratada e apresentadas pelos nossos de maneiras
diligentíssima.
Mas
da confissão ensinam que não é necessária a enumeração dos pecados e que as
consciências não devem ser oneradas com o cuidado de enumerar todos os pecados,
pois é impossível mencionar todos os pecados, como atesta o Salmo: "Quem
há que possa discernir as próprias faltas?" (Sl 19,12) E Jeremias:
"Corrupto é o coração do homem e inescrutável". (Jr 17,9) Se, porém.
Nenhum pecado fosse perdoado a não ser o que se conta, as consciências jamais
poderiam aquietar-se, porque muitos pecados a gente não vê, nem se podem
recordá-los. Também os escritores antigos atestam que aquela enumeração não é
necessária. No Decreto cita-se Crisóstomo, que diz o seguinte: "Não te
digo que te exponhas em públicos ou que te acuses junto a outros, porém quero
que obedeças ao profeta, que diz: ‘Revela o teu caminho diante de Deus.’
Confessa, portanto, os teus pecados, em oração, diante de Deus, o verdadeiro
juiz. Dize as tuas faltas não com a língua, porém com a memória de tua
consciência." E a glosa sobre a penitência, distinção quinta, no capítulo
Considere, admite que a confissão é de direito humano. Todavia a confissão é
mantida entre nós, por causa do grandíssimo benefício da absolvição, como também
por causa de outros proveitos para as consciências.
4.7.19 - Da Distinção de
Comidas
Foi
persuasão comum, não só do povo, mas também dos que ensinavam nas igrejas, que
distinções entre comidas e semelhantes tradições humanas são obras úteis para
merecer graça e satisfazer por pecados. E que o mundo pensou assim evidencia-se
do fato de que diariamente se instituíam novas cerimônias, novas ordens, novos
dias santos, novos jejuns, e do fato de que os mestres nos templos exigiam
essas obras como culto necessário para merecer graça e muito aterrorizavam as
consciências quando omitiam algo. Dessa persuasão quanto às tradições provieram
muitos males da igreja.
Em
primeiro lugar, obscureceu-se com isso a doutrina sobre a graça e a justiça da
fé, que é a parte principal do evangelho, e que deve existir e ter eminência na
igreja acima de tudo, a fim de se reconhecer bem o mérito de Cristo, e para que
a fé, que crê serem os pecados perdoados por causa de Cristo, seja posta muito
acima e sobre todos os outros cultos. Essa também é a razão por que Paulo se
aplica ao máximo nesse artigo, remove a lei e as tradições humanas, a fim de
mostrar que a justiça cristã é algo diverso de obras dessa natureza, a saber, é
a fé que crê sermos recebidos na graça por causa de Cristo. Mas essa doutrina
de Paulo foi quase totalmente abafada pelas tradições, que geraram a opinião de
que se deve merecer a graça e a justiça por distinções entre comidas e cultos
semelhantes. No arrependimento, menção nenhuma se fazia da fé. Apenas se
propunham essas obras de satisfação. Julgava-se que nisso consistia todo o
arrependimento.
Em
segundo lugar, essas tradições obscureceram os mandamentos de Deus, porque eram
postas muito acima dos preceitos divinos. Julgava-se que o cristianismo todo
consistia na observação de certos dias santos, ritos, jejuns, vestimenta. Essas
observâncias estavam na posse do honradíssimo título de serem a vida espiritual
e a vida perfeita. Enquanto isso, os mandamentos de Deus segundo a vocação
nenhum louvor recebiam: que o pai educava os filhos, que a mãe dava à luz, que
o príncipe regia o país. Essas obras eram consideradas mundanas e imperfeitas,
e muitos inferiores àquelas esplêndidas. E esse erro torturou muito a
consciências piedosas. Afligiam-se porque tinha de ficar em gênero imperfeito
de vida, no casamento, no governo ou outras funções civis. Admiravam os monges
e criaturas que tais, e julgavam, erroneamente, que as observâncias daqueles
eram mais agradáveis a Deus.
Em
terceiro lugar, as tradições trouxeram grande perigos para as consciências,
pois era impossível observar todas as tradições, e mesmo assim os homens
julgavam que essas observâncias eram cultos necessários. Escreve Gérson que
muitos ficaram desesperados e que alguns até se suicidaram, porque entendiam
que não poderiam cumprir as tradições. E, enquanto isso, ainda não tinham
ouvido nenhum consolo da justiça da fé e da graça. Vemos que os sumistas e os
teólogos coligem as tradições e procuram abrandamentos para aliviar as
consciências. Todavia, não libertam suficientemente, senão que por vezes
enredam as consciências mais ainda. E as escolas e sermões estiveram tão
ocupados em coligir tradições, que não houve tempo para tomar a Escritura e
inquirir sobre uma doutrina mais útil a da fé, da cruz, da esperança, da dignidade
das coisas civis, da consolação de consciências em árduas tentações. Por isso
Gérson e alguns outros teólogos se queixaram energicamente dizendo que eram
impedidos por essas rixas em torno de tradições, de sorte que não podiam
dedicar-se a um gênero melhor de doutrina. Também Agostinho proíbe onerar as
consciências com tais observâncias, e sabiamente adverte a Januário para que
esteja ciente de que devem ser observadas como coisas indiferentes. É assim que
se expressa.
Por
essa razão não deve parecer que os nossos tomaram em mãos esse assunto
irrefletidamente ou por ódio aos bispos, como alguns erroneamente suspeitam.
Houve grande necessidade de advertir as igrejas quanto àqueles erros, que
tinham nascido de tradições mal compreendidas. Pois o evangelho compele a
instar, na igreja, pela doutrina da graça e da justiça da fé. Essa doutrina,
todavia, não pode ser entendida, se os homens pensam que merecem graça por
observâncias de sua própria escolha.
Portanto,
ensinaram assim: que pela observância de tradições humanas não podemos merecer
graça ou satisfazer por pecados. Razão por que não se deve pensar que tais
observâncias sejam culto necessário. Acrescentam testemunhos da Escritura.
Cristo, em Mt 15, desculpa os apóstolos, que não haviam observado a tradição
costumeira, a qual, contudo, era considerada coisa indiferente e estava
relacionada com as lavagens da lei. Diz ele: "Em vão me adoram com
preceitos de homens." Não exige, por conseguinte, culto inútil. E pouco
depois acrescenta: "Não é o que entra pela boca o que contamina o
homem:" (Mt 15,11) Da mesma forma em Rm 14 (v. 17): "Porque o reino
de Deus não é comida nem bebida." Cl 2 (v.16): "Ninguém vos julgue
por causa de comida, bebida, sábado ou dia de festa." Em atos 15 (v. a)
diz Pedro: "Por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um
jugo que nem nós pudemos suportar, nem nossos pais? Mas cremos que somos salvos
pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, como também eles." Aqui Pedro
proíbe onerar as consciências com mais ritos ainda, quer sejam de Moisés, quer
de outros. E 1 M 4 chama a proibição de alimentos "ensinos de
demônios", pois conflita com o evangelho instituir ou fazer tais obras a
fim de por elas merecer a graça, ou como se não pudesse existir justiça cristã
sem tal culto.
Aqui
os adversários fazem a objeção de que os nossos proíbem a disciplina e a
mortificação da carne, a exemplo de Joviniano. Outra, porém, é a coisa que se
encontra nos escritos dos nossos. Pois sempre ensinaram, com respeito à cruz,
ser necessário que os cristãos suportem aflições. Ser exercitado em multifárias
aflições e crucificado com Cristo, eis a mortificação verdadeira, séria e não
simulada.
Ensinam,
além disso, que todo cristão deve exercitar e dominar-se mediante disciplina ou
exercícios corporais e labores de modo tal, que a saciedade ou a indolência não
o estimulem ao pecado, não a fim de merecer remissão de pecados ou satisfazer
por pecados mediante aqueles exercícios. E é preciso insistir sempre nessa
disciplina corporal, não só em poucos e determinados dias, mas conforme
preceitua Cristo: "Acautelai-vos, para que os vossos corações não sejam
sobrecarregados com orgia." (Lc 21,34) Também: "Esta casta de demônio
não se expede senão por meio de jejum e oração." (Mt 17,21) E Paulo diz:
"Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão." (1 Co 9,27) Aí mostra
claramente que castiga seu corpo não no intuito de por essa disciplina merecer
remissão de pecados, mas a fim de manter o corpo em sujeição e idôneo para as
coisas espirituais e o cumprimento dos deveres de acordo com sua vocação. Por
isso não se condenam os jejuns em si, mas tradições que prescrevem certos dias
e determinados alimentos, com perigo para a consciência, como se tais obras
fossem culto necessário.
Conserva-se,
todavia, entre nós, a maior parte das tradições, como as perícopes na missa,
dias santos, etc., que fazem com que haja ordem na igreja. Ao mesmo tempo,
entretanto, os homens são advertidos de que tal culto não justifica diante de
Deus, e que não se deve fazer pecado de tais coisas, se foram omitidas sem
escândalo. Essa liberdade em matéria de ritos humanos não a desconheceram os
Pais. Pois no Oriente se celebrava a Páscoa em tempo diverso do de Roma, e
quando os romanos, em razão dessa dessemelhança, acusaram o Oriente de cisma,
foram advertidos por outros no sentido de que não era necessário fossem tais
costumes iguais em toda a parte. E Irineu diz: A dissonância no jejum não
dissolve a consonância na fé". E o papa Gregório indica, na Distinctio 12,
que tal dessemelhança não fere a unidade da igreja. E na História Tripartida,
livro nono, coligem-se muitos exemplos de ritos dessemelhantes,
acrescentando-se as palavras: "Não foi intenção dos apóstolos estabelecer
leis a respeito de dias santos, mas pregar boa conduta e piedade".
4.7.20 - Dos Votos
Monásticos
O
que entre nós se ensina a respeito de votos monásticos entende-se melhor quando
se recorda qual foi o estado dos mosteiros, quantas coisas, contrárias aos
cânones, aconteciam, diariamente, nos próprios mosteiros. No tempo de Agostinho
eram colégios livres; depois, corrompida a disciplina, em toda a parte se
adicionaram votos, a fim de que a disciplina fosse restaurada, como quem num
planejado sistema carcerário.
Além
dos votos, adicionaram-se, aos poucos, muitas outras observâncias. E essas
cadeias foram postas em muitos, contrariamente aos cânones, antes da justa
idade. Muitos entraram nesse gênero de vida por engano, pois, ainda que não
lhes faltasse idade, todavia lhes minguou juízo quanto às suas forças. Os que
assim se enredavam, eram coagidos a permanecer, ainda que alguns se poderiam
ter libertado com a ajuda dos cânones. E isso aconteceu mais ainda em conventos
femininos do que nos de monges, conquanto se devera ter tratado o sexo mais
frágil com maior consideração. Esse rigor desagradou a muitos homens de bem
antes de nossos tempos, quando viam que mocinhas e rapazinhos eram jogados em
mosteiros por causa de sustento. Viam que infelicidade esse procedimento
trazia, que escândalos gerou, que laços eram lançados Às consciências. Doía-lhes
ver a autoridade dos cânones totalmente negligenciada e desprezada em coisa de
tamanho perigo. A esses males se acrescentava uma persuasão tal sobre os votos,
que, consta, em tempos anteriores desagradou também aos próprios monges, pelo
menos aos que foram mais sábios.
Diziam
que votos eram iguais ao batismo; ensinavam merecer-se com esse gênero de vida
a remissão dos pecados e a justificação diante de Deus. Mais ainda:
acrescentavam até que a vida monástica não só merecia a justiça diante de Deus,
mas coisa ainda além disso, pois que nela se observavam não apenas os
mandamentos, senão ainda os conselhos evangélicos. Dessa maneira persuadiam aos
homens que a profissão monástica era muito melhor do que o batismo, que a vida
monástica era mais meritória do que a vida dos magistrados, dos pastores e de
outros, semelhantes, os quais, sem exercícios religiosos de sua própria
inventiva, vivem para a sua vocação de acordo com os mandamento de Deus. Nada
disso pode ser negado, pois está em seus livros.
Que
aconteceu depois nos mosteiros? Antigamente eram escolas de letras sagradas e
outras disciplinas úteis para a igreja, e delas se tomavam pastores e bispos.
Agora a coisa é diferente. E não é preciso dizer o que é notório. Antigamente
pessoas se juntavam nos mosteiros para aprender: agora imaginam que esse gênero
de vida foi instituído a fim de se merecer graça e justiça. Pregam, na verdade,
que é o estado da perfeição, e o põe muito acima de todos os outros gêneros de
vida ordenados por Deus. Dissemos essas coisas sem fazer odiosas exagerações, a
fim de que se possa entender melhor a doutrina dos nossos a respeito dessa
questão.
Em
primeiro lugar, concernente aos que casam, ensinam ser lícito contraírem
matrimônio quantos não são idôneos para o celibato, porque votos não podem
anular uma ordenação e mandamento de Deus. Ora, o seguinte é mandamento de
Deus: "Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa". (1
Co7,2) E não é apenas mandamento; também a criação e ordenação obriga ao matrimônio
os que não são excetuados por singular obra de Deus, segundo a palavra:
"Não é bom que o homem esteja só." (Gn 2,18) Por isso não pecam os
que obedecem a esse mandamento e ordenação de Deus.
Que
se pode objetar a isso? Exagere alguém a obrigação do voto quanto queira; não
poderá fazer, todavia, com que o voto ab-rogue o mandamento de Deus. Os cânones
ensinam que em todo voto está excetuado o direito do superior; por isso, muito
menos valem esses votos contra os mandamentos de Deus.
Se
não houvesse nenhuma razão por que se pudesse modificar a obrigação de votos,
deles também não teriam dispensado os romanos pontífices. Pois não é lícito ao
homem rescindir obrigação que é simplesmente de direito divino. Mas os romanos
pontífices prudentemente sentenciaram que se deve observar eqüidade nessa
obrigação. Lê-se, por isso, que muitas vezes dispensaram de votos. Pois é
conhecida a história do rei de Aragão (1134-1137), que foi chamado de volta de
um mosteiro. E não faltam exemplos em nosso tempo.
Em
segundo lugar, por que os adversários acentuam ao exagero a obrigação ou o
efeito do voto, enquanto silenciam sobre a natureza do voto, que deve dizer
respeito a coisa possível, deve ser voluntário, e assumido espontânea e
refletidamente? Ora, de que modo a castidade perpétua está no poder do homem é
coisa que não se ignora. E quantos são os que fizeram voto espontânea e
deliberadamente? Mocinhas e rapazinhos, antes de terem a capacidade de julgar,
são persuadidos a fazerem voto, e vez que outra até são coagidos. Razão por que
não é justo discutir com tantã rigidez sobre a obrigação, visto concederem
todos que é contra a natureza do voto fazer promessa não-espontânea e
irrefletida.
Muitos
cânones anulam votos feitos antes da idade de quinze anos, porque parece que
antes dessa idade não há suficiente capacidade para formar juízo que possa
decidir sobre a vida inteira. Outro cânone, fazendo concessão ainda maior à
fragilidade humana, acrescenta alguns anos. Proíbe fazer voto antes de dezoito
anos de idade. Seja qual for o cânone que decidimos seguir, a maior parte tem
razão que justifica o abandono dos mosteiros, porque a maioria fez voto antes
dessa idade.
Por
último, ainda que se pudesse censurar a violação do voto, não é evidente,
todavia, seguir-se sem mais que o casamento de tais pessoas deva ser
dissolvido. Agostinho nega que se deva dissolvê-lo, 27., quaestio I, capítulo
Nuptiarum. E sua autoridade é considerável, ainda que outros, posteriormente,
julgaram de maneira diversa.
Conquanto
pareça, por conseguinte, que o mandamento de Deus a respeito do matrimônio a
muitos liberta dos votos, os nossos, todavia, apresentam ainda outra razão para
mostrar que são nulos. Porque todo culto a Deus instituído por homens, sem
mandamento de Deus, e escolhido para merecer a justificação e a graça, é ímpio,
como diz Cristo: "Em vão me adoram com preceitos de homens." (Mt
15,9) E Paulo em toda a parte ensina que não se deve buscar a justiça por
intermédio de observâncias e cultos nossos inventados por homens, mas que ela
vem pela fé aos que crêem serem recebidos por Deus na graça por causa de
Cristo.
Consta,
porém, haverem os monges ensinado que exercícios religiosos de própria
inventiva satisfazem pelos pecados e merecem a graça e a justificação. Que
outra coisa é esta senão diminuir a glória de Cristo e obscurecer e negar a
justiça da fé? Segue-se, portanto, que esses votos costumeiros foram cultos
ímpios, razão por que são mulos. Pois um voto ímpio e feito contra os
mandamentos de Deus não tem validade. Como diz o cânone, jamais deve um voto ser
vínculo de iniqüidade.
Diz
Paulo: "De cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei,
da graça decaístes." (Gl. 5,4) Portanto, os que querem ser justificados
por votos, perdem a Cristo e decaem da graça. Pois também aqueles que atribuem a
justificação aos votos, atribuem às próprias obras aquilo que, propriamente,
pertence à glória de Cristo. E não se pode negar haverem os monges ensinado que
eram justificados e mereciam a remissão dos pecados por seus votos e
observâncias. Na verdade, inventaram coisas ainda mais absurdas: gloriaram-se
de que partilhavam suas obras a outros. Se alguém quisesse aqui exagerar
odiosamente, quanta coisa poderia coligir de que os próprios monges já se
envergonham! Além disso, persuadiram os homens de que exercícios religiosos de
própria inventiva eram o estado da perfeição cristã. Não é isso atribuir a
justificação às obras? Não é leve escândalo na igreja propor ao povo
determinado culto inventado, sem mandamento, por homens, e ensinar que tal
culto justifica os homens. Porque a justiça da fé, cujo ensino é obrigação
máxima na igreja, é obscurecida quando os olhos dos homens são ofuscados com
aqueles espantosos cultos de anjos, aquela simulação de pobreza humilde e
celibato.
Além
disso, os mandamentos de Deus e o verdadeiro culto a Deus não obscurecidos
quando os homens ouvem que somente os monges estão no estado da perfeição. Pois
perfeição cristã é temer seriamente a Deus e ao mesmo tempo ter grande fé e
confiar que por causa de Cristo temos um Deus reconciliado, pedir, e esperar
com certeza, auxílio de Deus em todos os deveres de nossa vocação, e,
entrementes, praticar, com diligência, boas obras na vida externa e servir a
vocação. É nessas coisas que consiste a verdadeira perfeição e o verdadeiro
culto a Deus, não em celibato, ou mendicância, ou vestimenta miserável. Assim,
o povo concebe muitas opiniões perniciosas a partir daquelas falsas
preconizações da vida monástica. Ouve louvores imoderados do celibato; por isso
vive de má consciência no matrimônio. Ouve que apenas os mendicantes são
perfeitos; por isso é de má consciência que mantém suas posses, é com ofensa à
consciência que negocia. Ouve que não vingar-se é conselho evangélico; por isso
alguns não se receiam de fazer vingança na vida particular, pois ouvem que a
vindita é proibida por um conselho, não por um mandamento. De outro lado,
outros erram mais ainda quando julgam que toda magistratura, todo ofício civil
é indigno do cristão e conflita com o conselho evangélico.
Encontram-se,
em leituras, exemplos de homens que, abandonando o matrimônio e a administração
da coisa pública, se retiraram a mosteiros. A isso chamavam fugir do mundo e
buscar um gênero santo da vida. Não viam que a Deus se deve servir de acordo
com os mandamentos que ele mesmo deu, não segundo preceitos inventados pelos
homens. Gênero de vida bom e perfeito é o que tem mandamento de Deus. A
respeito dessas coisas é necessário admoestar os homens.
E
antes dos tempos presentes Gérson ( + 1429) criticou o erro dos monges quanto à
perfeição e testifica que em seu tempo era novidade isso de dizer-se que a vida
monástica é estado de perfeição.
Tão
grande número de opiniões ímpias se prende aos votos: que justificam, que são
perfeição cristã, que os monges observam os conselhos e os preceitos, que eles
têm obras além das que se esperam do cristão normal. Tudo isso, já que é falso
e inconsistente, torna os votos nulos.
4.7.21 - Do Poder
Eclesiástico
Sobre
o poder dos bispos houve, no passado, grandes discussões em que alguns
impropriamente confundiram o poder eclesiástico e o poder da espada. Dessa
confusão nasceram guerras muito grandes e tumultos, enquanto os pontífices,
apoiados no poder das chaves, não só instituíram novos cultos e oneraram as
consciências com a reserva de casos e violentas excomunhões, mas também se
lançaram à empresa de transferir reinos do mundo e tirar o poder dos
imperadores. Homens piedosos e eruditos há muito repreenderam esses erros na
igreja. Por isso os nossos, para instruir as consciências, se viram compelidos
a mostrar a diferença entre o poder eclesiástico e o poder político, e
ensinaram que, por causa do mandamento de Deus, ambos devem ser
escrupulosamente venerados e honrados como os maiores benefícios de Deus na
terra.
Os
nossos pensam assim: o poder das chaves, ou poder dos bispos, é, segundo o
evangelho, o poder ou ordem de Deus de pregar o evangelho, remitir reter
pecados e administrar os sacramentos. Pois Cristo envia os apóstolos com essa
ordem: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Recebei o Espírito
Santo. Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhos
retiverdes, são retidos." (Jó 20,21-23). E Mc 16 (v. 16): "Ide,
pregai o evangelho a toda criatura", etc.
Esse
poder é exercido apenas através do ensino ou pregação do evangelho e la
administração dos sacramentos a muitos ou a indivíduos, de acordo com a
vocação. Pois o que se concede aí não são coisas corporais, porém eternas, a
justiça eterna, o Espírito Santo, a vida eterna. Isto só se pode alcançar pelo
ministério da palavra e dos sacramentos, como diz Paulo: "O evangelho é o
poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." (Rm 1,16) E Sl 119
(v.25): "A tua palavra me vivifica". Visto, pois, o poder
eclesiástico conceder coisas eternas e ser exercido apenas pelo ministério da
palavra, embaraça a administração política tão pouco quanto a estorva a arte de
cantar. Pois a administração política trata de coisas diferentes das do
evangelho. O magistrado defende não as mentes, porém os corpos e as coisas
corpóreas contra manifestas injustiças, e reprime os homens com a espada e
penas temporais. O evangelho defende as mentes contra opiniões ímpias, contra o
diabo e a morte eterna.
Não
se devem confundir, por isso, o poder eclesiástico e o civil. O poder
eclesiástico tem sua própria incumbência: ensinar o evangelho e administrar os
sacramentos. Não deve invadir ofício alheio, transferir reinos do mundo,
ab-rogar as leis dos magistrados, abolir a obediência legítima, impedir
julgamentos a respeito de quaisquer ordenações ou contratos civis, prescrever
leis aos magistrados sobre a forma de constituir a coisa pública. Conforme diz
Cristo: "O meu reino não é deste mundo". (Jó 18,36) Também:
"Quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?" (Lc 12,14) E Paulo
diz Fp 3 (v.20): " A nossa pátria está nos céus." 2 Co 10 (v.4):
"As armas da nossa milícia não são carnais, e sim, o poder de Deus para
destruir cogitações, etc."
Dessa
maneira os nossos fazem distinção entre os ofícios de ambos os poderes, e
ordenam que ambos sejam honrados e reconhecidos como dom e benefício de Deus. Se
bispos têm algum poder civil, não o têm como bispos, através do mandato do
evangelho, mas por direito humano, dado por reis e imperadores para a
administração de seus bens civis. Essa função, entretanto, é diversa da do
ministério do evangelho.
Quando,
pois, se indaga sobre a jurisdição dos bispos, deve distinguir-se entre a
autoridade civil e a jurisdição eclesiástica. Assim, segundo o evangelho, ou,
como se diz, de direito divino, compete aos bispos, como bispos, isto é,
àqueles que estão incumbidos do ministério da palavra e dos sacramentos, essa
jurisdição: perdoar pecados, rejeitar doutrina que dissente do evangelho e
excluir da comunhão da igreja os ímpios cuja impiedade é conhecida. Todavia,
sem força humana, mas com a palavra. Nisso as igrejas necessariamente e de
direito divino devem prestar-lhes obediências, segundo a palavra: "Quem
vos der ouvidos, ouve-me a mim". (Lc 10,16)
Todavia,
quando ensinam ou estabelecem algo contra o evangelho, então as igrejas têm mandamento
de Deus que proíbe obedecer. Mt 7 (v.15): "Acautelai-vos dos falsos
profetas." Gl 1 (v.8): "Se um anjo do céu pregar outro evangelho,
seja anátema." 2 Co 13 (v.8): "Porque nada podemos contra a verdade,
senão em favor da própria verdade". Também: "Dada nos é autoridade
para edificação, não para destruição." (2 Co 13, 10). Assim também
preceituam os cânones II, questio VII, nos capítulos Sacerdotes e Oves. E
Agostinho diz, na epístola contra Petiliano: "Também com os bispos
católicos não se deve concordar caso suceda que errem ou pensem algo que seja
contrário às Escrituras canônicas de Deus."
Se
têm algum outro poder ou jurisdição para conhecer de certas causas, por exemplo
em questões de casamento ou dízimo, etc., têm-no por direito humano. Quando faltam
os ordinários, os príncipes são obrigados, mesmo contra a sua vontade, a
pronunciar direito aos súditos, para a manutenção da paz pública.
Discute-se,
além disso, sobre se os bispos ou pastores têm o direito de instituir
cerimônias na igreja e fazer leis sobre alimento, feriados, graus dos ministros
ou ordens, etc. Os que atribuem esse direito aos bispos, alegam o testemunho:
"Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos ensinará toda a
verdade." (Jó 16, 12.13) Alegram também o exemplo dos apóstolos, que
ordenaram abstenção do sangue e do sufocado (At 15,20.29). Alegam o sábado, que
foi mudado para o domingo, contrariamente ao Decálogo, como parece. Nenhum
exemplo é mais enfatizado que a mudança do sábado. Contendem que é grande a
autoridade da igreja, pois que dispensou de um preceito do Decálogo.
Mas
a respeito dessa questão os nossos ensinam assim: que os bispos não têm poder
para estabelecer algo contra o evangelho, conforme se mostrou acima. É o que
também declaram os cânones em toda a Distinção nona. Além disso, é contrário à
Escritura criar tradições, a fim de pela observância delas satisfazermos pelos
pecados ou merecermos ser justificados. Pois a glória do mérito de Cristo é
lesada quando julgamos ser justificados mediante tais observâncias. Mas consta
que por causa dessa persuasão na igreja as tradições cresceram quase ao
infinito, enquanto era sufocada a doutrina da fé a da justiça da fé. Porque,
uns após outros, mais feriados foram estabelecidos, mais jejuns prescritos, e
novas cerimônias e novas ordens instituídas, porque os autores de tais coisas
julgavam que mereciam a graça por essas obras. Assim aumentaram, anteriormente,
os cânones penitenciais, e deles ainda vemos alguns vestígios nas satisfações.
Da
mesma forma os autores das tradições agem contra o mandamento de Deus quando
põem pecado em alimentos, dias e coisas semelhantes, e oneram a igreja com a
escravidão da lei, como se, para merecer a justificação, fosse necessário que
existisse entre os cristãos um culto semelhante ao levítico, de cuja ordenação
Deus houvesse incumbido os apóstolos e os bispos. Pois é assim que escrevem
alguns, e parece que os pontífices em parte foram enganados com o exemplo da
lei mosaica. Daí provêm cargas como essas: que é pecado mortal fazer trabalho
manual em dias santos, ainda quando não haja ofensa a outros; que certos
alimentos poluem a consciência; que jejuns, não os naturais, mas os aflitivos,
são obras que reconciliam a Deus; que é pecado mortal omitir as horas
canônicas; que em caso reservado um pecado não pode ser perdoado a menos que
haja autoridade do reservante, quando os próprios cânones falam aqui não da
reserva da culpa, mas da reserva da pena eclesiástica.
De
onde têm os bispos o direito de impor tais tradições às igrejas para envidar as
consciências, quando Pedro proíbe impor jugo aos discípulos, e Paulo diz que o
poder lhes foi dado para edificação, não para destruição? Por que multiplicam
os pecados mediante tais tradições?
Existem,
porém, claros testemunhos que proíbem fazer tradições para reconciliar a Deus
ou como se fossem necessárias para a salvação. Diz Paulo, em Cl 2 (v.16):
"Ninguém vos julgue por causa de comida, bebida, dia de desta, lua nova ou
sábados." Também: "Se morrestes com Cristo para os rudimentos do
mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, fazeis ordenanças: não manuseies,
não proves, não toques? Toda estas coisas, com o uso, se destroem e são
preceitos e doutrinas dos homens e têm aparência de sabedoria". (Cl 2,
20-23) Em Tito 1(v. 14): "Não se ocupem com fábulas judaicas, nem com
mandamentos de homens desviados da verdade."
Em
Mt 15 (v. 14) diz Cristo, a respeito daqueles que exigem tradições:
"Deixai-os: são cegos e guias de cegos". E reprova tais cultos:
"Toda planta que meu Pai celestial não plantou, será arrancada." (Mt
15,13)
Se
os bispos têm o direito de onerar as consciências com tais tradições, então por
que a Escritura proíbe tantas vezes estabelecer tradições? Por que lhes chama
doutrinas de demônios? Foi em vão que o Espírito Santo preveniu contra isso?
Segue-se,
portanto, que, visto as ordenações instituídas como necessárias, ou com a
idéias de merecer a justificação, conflitarem como evangelho, não é lícito aos
bispos instituir tais cultos ou exigí-los como necessários. Pois é necessário
preservar nas igrejas a doutrina da liberdade cristã de que não é necessária a
servidão da lei para a justificação, conforme está escrito em Gálatas:
"Não vos submetais de novo a jugo de escravidão". (Gl 5,1) É
necessário preservar o artigo principal do evangelho: que alcançamos a graça
pela fé em Cristo, não por determinadas observâncias ou por cultos instituídos
pelos homens.
Que
se deve pensar, portanto, do domingo e de similares ritos das igrejas? A isso
respondem os nossos ser lícito aos bispos ou pastores fazer ordenações para que
as coisas sejam feitas com ordem na igreja, não a fim de por elas satisfazermos
por pecados ou se obrigarem as consciências a que as tenham na conta de cultos
necessários. Assim Paulo ordena que na congregação as mulheres velem a cabeça e
que os intérpretes na igreja sejam ouvidos um após outro. (1 Co 11,5s)
É
conveniente que as igrejas, por causa do amor e da tranqüilidade, obedeçam a
tais ordenações e as conservem até onde um não ofenda o outro, fazendo-se, pelo
contrário, tudo nas igrejas com ordem e sem tumulto. Contudo, de maneira tal,
que não se onerem as consciências, de forma que pensem serem coisas necessárias
para a salvação e julguem que pecam quando as violam sem escândalo. Assim como
ninguém dirá pecar a mulher que, sem escândalo, se apresenta em público de
cabeça descoberta.
Tal
é a observância do domingo, da Páscoa, do Pentecostes e de feriados e ritos
semelhantes. Pois é incorreto o pensamento dos que julgam que a observância do
domingo em lugar do sábado foi
instituída como necessária, pela autoridade da igreja. Foi a Escritura que
ab-rogou o sábado, não a igreja. Porque depois de revelado o evangelho, podem
omitir-se todas as cerimônias mosaicas. Contudo, visto que era necessário
estabelecer um dia determinado, a fim de que o povo soubesse quando devia
reunir-se, é manifesto que a igreja destinou o domingo para esse fim, e parece
que a solução agradou tanto mais por esta razão adicional: terem os homens um
exemplo de liberdade cristã e saberem que nem o sábado nem qualquer outro dia é
observância necessária.
Há
discussões inauditas sobre a mudança da lei, sobre cerimônias da nova lei,
sobre a mudança do sábado. Tudo isso originou-se da falsa persuasão de que na
igreja devia haver culto semelhante ao levítico, e de que Cristo comissionou os
apóstolos e os bispos de inventarem novas cerimônias necessárias para a
salvação. Esses erros se insinuaram na igreja, porque não se ensinou de maneira
suficientemente clara a justiça da fé. Alguns sustentam que a observância do
domingo na verdade não é de direito divino, mas como que de direito divino.
Prescrevem, com respeito a dias santos, em que medida é lícito trabalhar. Que
outra coisa são tais disputas senão laços para as consciências? Pois ainda que
procuram mitigar as tradições, contudo jamais se pode alcançar a eqüidade
enquanto permanece a opinião de que são necessárias. E essa opinião
necessariamente permanece onde se ignora a justiça, da fé e a liberdade cristã.
Os
apóstolos ordenaram abster-se do sangue, etc. Quem observa isso hoje em dia? E
contudo não pecam os que deixam de observá-lo, porque os próprios apóstolos não
quiseram onerar as consciências com tal escravidão, mas apenas o proibiram por
algum tempo, a fim de evitar escândalo. Pois no decreto deve considerar-se a
perpétua vontade do evangelho.
Dificilmente
algum cânone é observado com exatidão, e diariamente muitos se tornam
obsoletos, até entre os que defendem as tradições. Nem se pode prestar auxílio
às consciências a menos que se mantenha a eqüidade de saber que as tradições
são observadas sem serem tidas na conta de necessárias e que as consciência não
são feridas, ainda que o uso dos homens mude em tal coisa.
Os
bispos, entretanto, poderiam manter facilmente a obediência legitima, se não
insistissem na observância de tradições que não se podem guardar de boa
consciência. Mas agora exigem o celibato, e a ninguém recebem a menos que jure
não querer ensinar a pura doutrina do evangelho. As nossas igrejas não pedem
que os bispos, para restaurar a concórdia, abram mão da honra deles, ainda que
a bons pastores conviria fazê-lo. Pedem apenas que revoguem cargas injustas que
são novas e foram recebidas contrariamente ao costume da igreja católica. Talvez
de início essas constituições hajam tido razões plausíveis, as quais, todavia,
em tempos ulteriores já não são congruentes. Também é manifesto que algumas
foram recebidas devido a erro. Conviria, por isso, à clemência dos bispos
mitigá-las agora, pois tal mudança não quebra a unidade da igreja. Porque
muitas tradições humanas foram mudadas com o passar do tempo, conforme mostram
os próprios cânones. Se, porém, não se pode obter uma relaxação quanto às
observâncias que não se podem cumprir sem pecados, então devemos seguir a norma
apostólica que ordena obedecer antes a Deus que aos homens.
Pedro
proíbe que os bispos dominem e coajam as igrejas. O de que se trata agora não é
que os bispos abram mão de sua dominação. Pede-se, isto sim, apenas o seguinte:
que permitam seja o evangelho ensinado de maneira pura e relaxem algumas poucas
observâncias que não se podem observar sem pecado. Se não fizerem isso, então
vejam lá eles mesmos como responderão perante Deus pelo fato de com essas
teimosia darem causa a cisma
Recenseamos
os artigos precípuos sobre os quais, manifestamente, há controvérsia. Embora se
pudesse haver falado de maior número de abusos, incluímos, contudo, para evitar
maiores delongas, apenas os principais. Houve grandes queixas sobre
indulgências, peregrinações, abuso em matéria de excomunhão. As paróquias eram
vexadas de muitas maneiras por pregadores de indulgências. Infinitas contendas
houve entre pastores e monges sobre direito paroquial, confissões,
sepultamentos e com respeito a inumeráveis outras coisas. Passamos por alto
assuntos dessa natureza, para que os pontos principais dessa matéria,
concisamente propostos, mais facilmente pudessem ser entendidos. E nada se
disse ou recenseou aqui no intuito de insultar a quem quer que fosse.
Mencionou-se apenas aquilo que, segundo nos parecia, era necessário dizer, a
fim de que se pudesse compreender que, em doutrina e cerimônias, entre nós nada
se recebeu que seja contra a Escritura ou a igreja católica. Porque é manifesto
que nos acautelamos diligentissimamente para que em nossas igrejas não se
insinuassem dogmas novos e ímpios.
Seguindo
o edito da Majestade Imperial, quisemos apresentar os artigos acima, para que
neles se mostrasse nossa confissão e se discernisse a suma da doutrina dos que
ensinam entre nós. Caso falte algo nesse confissão, estamos prontos, se Deus
quiser, a dar informação mais ampla, segundo as Escrituras.
Neste
documentos dos cristãos passado podemos perceber que eles lutaram pela a
verdade.
Caro
amigo vamos aterrar, solte o cinto pega uma bíblia, vamos navegar pelas as
escrituras.
(Gálatas
5:20) - Idolatria, feitiçaria,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
(Colossenses
3:5) - Mortificai, pois, os vossos
membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição
desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;
(I
Pedro 4:3) - Porque é bastante que no
tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções,
concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;
(Apocalipse
2:14) - Mas algumas poucas coisas tenho
contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava
Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos
sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.
(Apocalipse
2:20) - Mas tenho contra ti que toleras
Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para
que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
PARTE V
A
IGREJA ROMANA ADORA DEMÔNIOS
A Biblía chama este modo de veneração ou adoração cultos ao demônios, o salmista
Davi expressou acerca de imagem que
torna como elas aqueles que as venera. Por trás de cada imagem há uma entidade
satânica, desde o começo satanás almeja ser adorado, através das imagem recebem
as adoração que tanto almejava. Caro amigo agora que já mostrei um pouco do
materialismo , quero te mostrar o espiritulismo... já que todas imagem tem uma
entidade satânica agora imagine quantos demônios tem dentro de uma igreja
católica axistindo missas e confessamentos .
No
Brasil há das tantas ilusões católicas que enganam milhões de pessoas , os três
estados mais afetado pelo engano do catolicismo são goiás, há um demônio que se
chama divino pai eterno, aparecida do norte em São Paulo há um demônio que se
chama Senhora aparecida e no estado do Pará e Belém também há um demônio
enganador por nome de Senhora do sacramento. O cristianismo e uma porta para
levar para o ceu, mais a igreja romana faz ao contrario, e porta para levar
para o inferno.
Deus
jamais aceita que alguém curve diante de uma imagem, toda adoração só pertence
a Deus e a mais ninguém. O catolicismo e como fosse um grande casulo que nunca
se da a metamorfose . criou um mundinho
de fabulas e ilusões. Todos achados por mais inútil que seja e chamado de santo... santo é só O
Senhor Jesus Cristo, desde o principio da humanidade Deus despresou imagem de
escultura , todo que adoravam ou veneram as tais suas penas eram morte subitas
. Deus chamou tais feitos de grande babilônia , ela uma dia vai cair porque e casa de
demônios (apocalipses).
Ninguém
pode resistir a presenca de Deus ele jamais nos enviou seu retrato ou imagem de
sua estatura. A complexbilidade da
mente humana faz sentir e ate ver coisas
que não existe. Quando a menti do homem e comandada por outrem as fantasias
para fazer parte de nossas vida com se fosse reais, é o causo das idolatrias. O
mundo esta sendo enganado pelas as fabulas e as mentiras do catolicismo.
Em
Goiás há um vento que virou tempestade, vai levar muitas pessoas para o inferno
chama se divino pai eterno. Pessoas saem de
suas cidadelas em penitencia para adorar uma entidade maligna, pensando
que é deus. O mundo esta sendo enganado pelo o catolicismo pensando que e a
religião verdadeira. A bíblia diz que bendita a nação cujo o Deus e o Senhor...
a igreja romana procurou logo uma maneira de tirar Deus das nações , assim
providenciou para cada cidade e pais um protetor chamado de padroeiro. Pelo a
ignorância dos fatos sugem todos dias demônios que o Vaticano intitula santos. Caro
amigo quero te apresentar três historia semelhante que aconteceu em três Paises
diferentes. Tenho uma convicção quem o diabo não quer perder de maneira alguma,
ele já perdeu uma vez o direito de comandar parte dos anjos. Agora que comandar você, para isso ele precisa de
aliados e seguidores fieis capais de tudo e por ele enfrente qualquer coisa
assolações, fome,pagas de promessa absurda e ate morrer ou matar.
Todas
pessoas que recebem ou alcança tais feitos ou curas eles juram que foi curado
por tal entidade que diz ser o representante de Deus... Deus jamais iria
aceitar que um pedaco de barro , ferro, madeira etc seja representante dele
aqui na terra.
O sistema papal no Vaticano nos trata como
crianças ... acham que devemos acreditar em tudo que nos diz ate no chapeuzinho
vermelho este sistema religioso não se difere nem um pouco das seitas pagãos do
passado, afinal são os mesmos adoradores de marduque, moloque, seir Baal, e
outras entidades satânicas , apena evoluiu. Despresou estes e fizeram outros, afinal o Vaticano é
religião ou fabrica de fazer santos?
A
bíblia diz que qualquer culto ou louvor que não seja oferecido para Deus é profano,
temos dois seguimentos o primeiro bencão e o segundo maldição (dt 11 vess 26)
somos malditos quando não reconhecemos o senhor Deus dos exércitos como o único
que pode ser louvado e adorado (ef 4,4). O diado também produz seus milagres
indutivo, se não fora assim não haveria seguidores, es ai a razão para tantas
idolatria. Satã quer engana o maior
numero de pessoas possível... para ele não tem mais jeito sabe que já esta
condenado, mais para você ainda ha uma chance de ser salvo. E so você se
arrepender o que já fez ate hoje e
aceitar Jesus como único santo,padroeiro, senhor e Deus sobre tudo, e o resto .
O
salmista Davi foi bem claro em seu relato ( salmos 115). Os tais tem boca e não
falam, tem ouvidos e não ouvem... tem pernas, tem braços, tem narizes, porem
nada podem fazer, os que adoram se tornam como eles.
CRÔNICAS DE FÁTIMA
No ultimo século, Satanás tem usado suas ultimas armas para
nos iludir,ele e seus demônios estão preparado para sua ultima catada pois o
dia de acerto esta próximo. E veritico que em
todo países ele tem sua base militar em Portugal fica em Fatima,veja só o que
diz a Crônica de Fátima.
A Abençoada Virgem Maria, a Mãe de
Deus, apareceu seis vezes a três pastorinhos ("Os Três Videntes")
perto da municipal de Fátima, Portugal, entre os dias 13 de Maio e 13 de
Outubro de 1917. Aparecendo às crianças, a Abençoada Virgem Maria disse que Ela
havia sido enviada por Deus com uma mensagem para cada homem, mulher e criança
no nosso século. Aparecendo num momento em que a civilização estava sendo castigada
pela guerra e a violência sangrenta, Ela prometeu que o Céu daria a paz a todo
o mundo se os seus pedidos de oração, reparação e consagração fossem escutados
e obedecidos.
“Se
atenderem a Meus pedidos... terão paz”
Nossa
Senhora de Fátima explicou às crianças que a guerra é um castigo do pecado e
advertiu que Deus seguiria castigando o mundo pela sua desobediência ao Seu
Desejo através da guerra, da fome e da perseguição da Igreja, do Santo Padre e
dos fieis católicos. A Mãe de Deus profetizou que a Rússia seria "o
instrumento de castigo" escolhido por Deus, espalhando os
"erros" do ateísmo e do materialismo por toda a terra, fomentando
guerras, aniquilando nações e perseguindo os fiéis em todo o mundo.
“Se não atenderam a Meus pedidos, a
Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à
Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias
nações serão aniquiladas.”
Em
todas as suas aparições em Fátima, a Abençoada Mãe deu ênfase repetidamente á
necessidade de rezar o Rosário diáriamente, de levar o
Escapular Castanho de
Monte Carmelo e de fazer atos de reparação e sacrifício. Para evitar o castigo
terrível nas mãos da Rússia e para converter "aquela pobre nação",
Nossa Senhora pede a consagração solene e pública da Rússia ao Seu Coração
Imaculado pelo Papa e todos os bispos católicos do mundo. Ela pediu também que
os fiéis praticassem uma nova devoção de reparação no primeiro sábado de cinco
meses consecutivos ("Os
Primeiros Cinco Sábados").
O coração da Mensagem de Nossa
Senhora ao mundo está incluido no que se tem vindo a chamar o
"segredo", que ela confiou às três crianças videntes em Julho de
1917. O segredo realmente consiste em três partes, das quais as duas primeiras
já foram reveladas públicamente. A primeira parte do segredo foi uma horrível visão
do inferno "aonde
vão as almas dos pobres pecadores" e continha uma súplica urgente de Nossa
Senhora por atos de oração e sacrifício para salvar almas. A segunda parte do
segredo profetizou especìficamente o início da Segunda Guerra Mundial e
continha o pedido solene da Mãe de Deus para a consagração da Rússia, como uma condição
para a paz do mundo. Também predisse o triunfo inevitável do Seu Coração
Imaculado depois da consagração da Rússia, e da conversão "de essa pobre
nação" à Fé Católica.
A última parte do segredo (muitas
vezes chamada o "Terceiro Segredo") ainda não foi tornada pública,
mas foi escrita por a Lúcia dos Santos, a última vidente de Fátima viva, em
1944 e está na posse da Santa Sé desde 1957. A maior parte das fontes
informadas especulam que esta porção do segredo se refere ao caos na Igreja
Católica, profetizando uma grande apostasia e a perda da fé começando na sexta
década do século 20.
Caro amigo leitor! Tudo que queremos saber esta na bíblia esta sim é a
poderosa inerrante a verdade obsoluta de Deus. Deus não precisa fazer
aparições, quando ele quer fazer faz pessoalmente. Satanas ta preparando para
seu reinado na Terra o ´´ANTI-CRISTO´´. No
Brasil Portugal e Mexico e muitos outros
paises , não é diferente o catolicismo tem sido agente para desviar as almas do
caminho certo que é Jesus.
Deus
é onipresente esta em todos os lugares, Ele não precisa de agentes, Satanas sim
este precisa em cada pais ele precisa de representante, claro que ele não usa
seu próprio titulo de demônio, vem em nome de outrem , são muitos que vão pelo
caminho errado, mais ainda há chance Jesus quer te resgatar.
SENHORA DA CONCEIÇÃO
APARECIDA
Mais
uma imagem que o catolicismo introduziu
no mundo levando milhões de vidas para o
inferno, nos os evangélicos temos uma preocupação de pregar o verdadeiro
cristianismo, Mc.16,16.
O
único Santo que pisou na Terra é só o que vem do Céus Jesus Cristo filho de
Deus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nossa
Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição Aparecida, é a Virgem
Padroeira do Brasil. O
seu santuário localiza-se em Aparecida, no estado de São
Paulo,
e a sua festa é comemorada, anualmente, a 12 de
Outubro.
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no
Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no
Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.A sua
história tem o seu início em meados de 1717,
quando chegou a Guaratinguetá a
notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal,
governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria
passar pela povoação a caminho de Vila
Rica
(atual cidade de Ouro
Preto),
em Minas Gerais.
Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que
obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram
as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso
do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de Outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua
rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa
Senhora
da Conceição sem a cabeça. Em
nova tentativa apanhou a cabeça. A mente
humana quando controlada por um sistema
religioso,ela acredita em coisas horríveis.
Caro
amigo você que esta lendo os desfeche desta pesquisa sei que você já percebeu a
importância de conhecer a verdade, pois somos livres, Deus nos criou assim,
somos dele ele nos fez para ele, nossa vida pertence a ele, mesmo sendo dele
somos livres para seguir ou não. Não
deixe Satã roubar sua alma as idolatrias são armadilhas mortais para nossas
almas, o catolicismo e seu agente. Todo
mundo sabe que Cristo nasceu de uma virgem,
A igreja romana sempre inventou Historia de virgem, Historia assim trás
mais credibilidade para o Povo. Portugal, Brasil, Mexico emfim na verdade são
quase todos países cristão tem imagem como padroeiro gerenciada pela a dita
igreja de Roma hoje o catolicismo. O Vaticano é uma farsa total,todas as santas
e santos tem o titulo de virgem, Santas virgem Santos biatus .
A
Biblia diz que todos seremos como os anjos, no céus de meu Jesus não há santas
, só Santos.
A
VIRGEM DE GUADALUPE
Em
1521 os espanhóis conquistaram o México. Pouco mais de dez anos após, em 09 de
dezembro de 1531, o índio recém - batizado,
Juan Diego, saiu de casa para assistir à missa na cidade. Ao
passar junto à colina de Tepeyac ouviu uma suave melodia vinda do alto do
morro. Olhando para o local viu uma linda Senhora sobre resplandescente e
branca nuvem, ao redor da qual brilhavam as cores vivíssimas de um arco-íris.
Surpreendido, o índio ouviu a bela Senhora chamá-lo pelo
nome e dizer-lhe em língua mexicana que Ela era a Virgem Mãe do Verdadeiro
Deus. A Senhora solicitou que Juan Diego transmitisse ao bispo Juan de
Zumárraga o seu desejo de que fosse construído um templo naquele lugar. Sem
discutir, o índio dirigiu-se ao palácio episcopal e repetiu ao prelado a
mensagem da Virgem. Ouvido com visível descrédito pelo bispo, Juan Diego ficou
contrariado.
De volta, o índio desanimado pediu à Senhora,
com humildade, que escolhesse outro mensageiro, mais importante. A Senhora
respondeu-lhe que não faltariam pessoas de projeção social que tivessem prazer
de servi-la, mas que ele fora o escolhido. Como o bispo houvesse exigido uma
prova concreta, a Mãe de Deus recomendou a Diego que voltasse no dia seguinte,
quando receberia o sinal desejado.
Juan Diego, voltando para casa, encontrou seu
tio e pai de criação gravemente enfermo, razão pela qual, na manhã seguinte,
saiu à procura de um padre para administrar-lhe os últimos sacramentos. Seguia
apressado por um atalho, quando ouviu uma voz que lhe perguntou: "Aonde
vais?" O índio, envergonhado, desculpou-se, mas a Mãe lhe disse que não se
preocupasse com a doença do tio, pois ele estava curado. Vendo que o índio se
tranquilizara, a Senhora ordenou-lhe que subisse ao alto da colina e colhesse
todas as rosas que pudesse, recolhendo-as em sua capa, e as levasse ao bispo.
Juan Diego desdobrou seu manto perante o
bispo, que viu a imagem da Virgem Maria pintada na capa, de onde caiam rosas. Admirado
com o prodígio das rosas frescas, em pleno inverno, e emocionado ao contemplar
a maravilhosa imagem, o bispo caiu de joelhos e beijou a orla daquele tosco
pano de pita trançada. Em seguida, retirando a capa do índio, levou-a ao seu
oratório e pediu a Diego para lhe mostrar o local da aparição. Ao voltar para
casa, Juan Diego, encontrou seu tio completamente curado. Este lhe disse ter
sido visitado por uma Senhora de beleza jamais vista que lhe falara com carinho
e o curara.
O catolicismo e nem Satanas não tem poder contra vós, todo poder e toda
autoridade pertence a Jesus. JO 10:18. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim
mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este
mandamento recebi de meu Pai. MT 28:18
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na
terra. MT 24:30 Então aparecerá no céu o
sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o
Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. MT 10:1 E, CHAMANDO os seus doze discípulos,
deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem
toda a enfermidade e todo o mal. MT 6:13
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o
poder, e a glória, para sempre. Amém.
Conclusão
Jesus Cristo não
deixou a religião certa, sim o caminho. Cristo é a verdadeira religião
,conhecer apenas não basta temos que ter uma relação com ele. Pai Filho e
Espirito Santos é o Deus que devemos seguir.
Desde o inicio da
humanidade sugiram adoradores, no passado adoravam animais, peixes, pedras, sol,
lua, estrelas etc.
Hoje ainda são
adoradores, agora evoluídos não se adoraram mais tais coisas, sim esculturas e
achados sem precendentes. Ate quando
adoraram imagem, será que um dia a Humanidade em massa reconhecerar seu
criador? Ate quando vamos viver fingindo de cego para não ver a verdade?
Chegou o momento
de mudar nossos conceito, aceitar a Cristo O único Santo.
Se
pois o filho vós libertar, verdadeiramente sereis livres
João 8
vss36
Aleluia
somos livres por Cristo!!!
Dados Bibliográficos
Enciclopédia
bíblica. O,S, BOYER 6º Edição 1975
Bíblia Sagrada –
tradução Almeida 1993
Bíblia Aplicação
Pessoal – Edição 1995
Livro - Israel,
Gog E O Antecristo – autor Abraão de
Almeida 1980.
Wikipédia,
a enciclopédia livre. 2006,2007e 2008
Sites em
Portugal, Mexico e Brasil
Título: Livro -
Historia De Israel
Grande Enciclopédia Planeta 300 ac Á dias atuais
Sem comentários:
Enviar um comentário